A pandemia da covid-19 recebeu do TJMG respostas rápidas e corajosas. Uma delas foi tomada em 23 março de 2020, quando o Judiciário mineiro decidiu que, durante o período de calamidade, os recursos provenientes das prestações pecuniárias seriam creditados em conta única e aplicados prioritariamente no combate à doença.
Até 8 de maio de 2020, o Judiciário mineiro já havia transferido mais de R$ 8,6 milhões para a aquisição de materiais, equipamentos médicos, serviços e outros insumos necessários para auxiliar no trabalho de prevenção do contágio e atendimento aos infectados.
Parte desse recurso — R$ 982 mil — foi disponibilizado, ainda em 27 de março, para a compra de 40 mil litros de álcool em gel, que foram distribuídos a agentes penitenciários, à população carcerária e ao Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
Esta gestão também priorizou o uso de verbas das penas pecuniárias para a expansão e o fortalecimento das Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs) em Minas, ao anunciar, em julho de 2019, a liberação de cerca de R$ 10,7 milhões para a construção, reforma e ampliação de 19 unidades da Apac. Outros R$ 2,3 milhões foram destinados ao apoio logístico para aquisição ou modernização de oficinas de trabalho profissionalizantes nas associações.
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Nas diversas comarcas mineiras, ao longo dos dois anos de gestão, os recursos oriundos das penas pecuniárias receberam também destinações diversas. A Vara de Execuções Penais de Belo Horizonte destinou, em fevereiro de 2019, R$ 2,3 milhões a 14 projetos que desenvolvem ações focadas em crimes de trânsito, dependência química, unidades prisionais, cumprimento de penas alternativas, segurança pública e prevenção à criminalidade.
A Comarca de Juiz de Fora inaugurou em outubro de 2018 o Presídio Feminino Eliane Betti, orçado em R$ 750 mil. O espaço, construído com mão de obra de presos, tem capacidade para 200 mulheres. A Comarca de Divinópolis, em dezembro do mesmo ano, destinou R$ 776.691,54 para 16 propostas de entidades locais.
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Já Montes Claros, em dezembro de 2018, alugou um escâner corporal para o presídio regional, ao custo de R$ 432 mil. Em Iguatama, na região oeste de Minas, a verba das penas pecuniárias foi dividida entre a escola Cantinho Feliz, mantida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) local (R$ 40 mil), a casa de repouso Bem Viver Divina Vieira (R$ 25 mil) e a Loja Maçônica (R$14.400).
A Comarca de Contagem doou sete drones — miniaeronaves operadas remotamente e dotadas de câmeras — para a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em meados de novembro de 2018. Em Manga, recursos da ordem de R$ 53 mil financiaram o Sistema de Patrulhamento Vídeo-Monitorado, conhecido como Olho Vivo.