Na comarca de Guanhães, no Norte de Minas, um projeto voltado para homens que agrediram suas companheiras e outras familiares e também para a escuta e valorização das próprias vítimas tem contribuído para modificar o quadro de violência recorrente contra as mulheres. Trata-se do Empodere, idealizado pela juíza Aline Damasceno Pereira de Sena.

O Empodere teve seu início a partir da experiência positiva com os Grupos Reflexivos de Violência Doméstica, antes direcionado para os homens agressores. Hoje a abordagem com as vítimas é um ponto chave para as discussões sobre como a dinâmica de construção e “normalização” da violência doméstica também está inserida nas mulheres.

Inicialmente o grupo era direcionado para os condenados pela Lei Maria da Penha, que, por determinação da Justiça, deveriam comparecer a reuniões com assistentes sociais judiciais, psicólogos, policiais, promotores e juízes.