
"O eproc é um sistema muito maduro e fácil de usar, mas as pessoas acabam não aproveitando todas as funcionalidades que ele oferece." A afirmação foi feita pelo juiz do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) André Luís de Aguiar Tesheiner, durante sua palestra no III Encontro Interinstitucional do eproc, no Auditório do Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), na tarde de terça-feira (6/5).
A terceira edição do Encontro, realizado pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) em parceria com o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), reúne, até quarta-feira (7/5), magistrados de tribunas que utilizam a plataforma eproc e demais convidados, com objetivo de debater avanços para melhoria do sistema.
Com o tema "Implementação do eproc – Estratégias e Dicas Práticas" , o juiz André Tesheiner falou sobre a contribuição do sistema para a celeridade dos processos, e afirmou que seu potencial ainda é subutilizado.
"A minha ideia foi trazer esse olhar de sensibilização a servidores e juízes, para que percebam que precisam ser capacitados continuamente para aproveitar ao máximo o sistema. Porque não adianta a equipe inteira desenvolver um sistema maravilhoso, com mil alternativas inteligentes, se as pessoas na ponta acabam não as usando", disse.

Automatização dos processos
Outras vantagens do uso do eproc foram abordadas nas palestras "Núcleo de Justiça 4.0 – Benefício por Incapacidade: ATP do início ao fim", ministrada pelo juiz auxiliar da Presidência do TRF4 Eduardo Tonetto Picarelli; e "Tramitação ágil das aposentadorias: um novo paradigma", conduzida pelo servidor do TRF4 Alexandre Antonini.
O juiz Eduardo Picarelli ressaltou que a automatização de etapas processuais no eproc permite uma gestão mais eficiente e ágil do fluxo de trabalho no Núcleo de Justiça 4.0 do TRF4, sobretudo quando aplicada a processos voltados a benefício por incapacidade.
"As vantagens da automatização dos processos são vários, especialmente no que diz respeito à celeridade na tramitação. Com o uso da automatização, conseguimos concluir e julgar os processos mais rapidamente. A grande reclamação das pessoas em relação ao Judiciário é justamente a morosidade", apontou.
Segundo ele, ao mesmo tempo em que é uma técnica utilizada para casos de fluxo mais simples, ela também beneficia processos complexos: "Conseguimos liberar juízes e servidores que atuariam nesses trâmites simples para se dedicarem a demandas que exigem conhecimento técnico e sensibilidade humana."

O servidor Alexandre Antonini, assessor de Projetos e Inovações do TRF4, falou sobre como o sistema possibilita formular uma base confiável de informações para análises de processos ligados à Previdência Social, envolvendo aposentadorias.
"Passamos a olhar o processo eletrônico de forma orientada a dados, estruturando informações desde o início até a fase de cumprimento da sentença. No caso da Justiça Federal, temos o INSS como um dos principais cumpridores de sentença. A ideia é garantir um fluxo contínuo de dados estruturados, de forma que o INSS tenha informações confiáveis para automatizar a execução dos processos relacionados a aposentadoria."
Classificador de conteúdos
Ainda no período da tarde, o assessor técnico da Diretoria de Suporte a Jurisdição de Primeiro Grau do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), Márcio César Cipriani, e o assessor Correcional do Núcleo II da Corregedoria Geral de Justiça de Santa Catarina, Thiago Aguiar, ministraram a palestra "Classificação por conteúdo: apoio inteligente para automatizações no eproc".
Na apresentação, os dois servidores mostraram como o Classificador de Conteúdos, uma das ferramentas oferecidas pelo eproc, auxilia na gestão de gabinetes do TJSC, com consideráveis ganhos de produtividade.

"Citamos exemplos práticos de como a ferramenta, por meio de pesquisa por palavras-chaves, auxilia a Vara de Execução Fiscal Municipal, atualmente com mais de 500 mil processos; e as Varas de Execução Fiscal Estadual e Estadual de Direito Bancário, que movimentam mais de 290 mil processos", detalhou o assessor Thiago Aguiar.
A penúltima palestra do dia foi apresentada pelo juiz auxiliar da Presidência do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) Pedro Henrique Lima Carvalho e pelos servidores da área de Infraestrutura do TRF6 Simon de Souza Rodrigues e João Paulo Novo de Oliveira. Os três abordaram o tema "Eproc na Nuvem", mostrando a experiência da Justiça Federal mineira com o sistema.

"O TRF6 foi criado há aproximadamente dois anos e meio. Antes, éramos uma unidade jurisdicional ligada ao TRF1, de Brasília (DF). De uma hora para outra, nos deparamos com sérios problemas de infraestrutura, principalmente na área de Tecnologia. Optamos em utilizar o eproc com todas as nossas informações sendo arquivadas na nuvem, uma experiência que estamos vivenciando, com grande ajuda que recebemos do TRF4", disse o juiz Pedro Henrique.
O segundo dia do III Encontro Interinstitucional do eproc foi encerrado com a apresentação do assessor especial do TJSC, Gregório Camargo D' Ivanenko, que falou sobre "Gestão de gabinetes no 2º Grau", discutindo os ganhos de produtividade gerados pelo maior aprendizado dos usuários.

"Todos nós sabemos que o eproc é uma grande ferramenta, mas é preciso que os usuários saibam como utilizá-la, principalmente nos Gabinetes de 2º Grau. Deparamos com a necessidade de melhorar os fluxos de trabalho, as regras de automação e os modelos de texto padrão. Superamos esses problemas e obtivemos ganhos de produtividade superior a 20% nos gabinetes, o que nos permitiu liberar servidores para executar outras funções", explicou o assessor Gregócio D' Ivanenko.
Veja outras imagens do 2º dia do Encontro no Flickr oficial do TJMG.
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