O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por meio da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv), participou, nesta quarta-feira (26/6), da Campanha de Combate à Automedicação, realizada pelo Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF-MG). Durante toda a semana, o CRF-MG e seus profissionais de saúde alertam a população, em diferentes locais, contra o uso indiscriminado e sem orientações adequadas de diferentes medicamentos.
Pela manhã, uma equipe do CRF-MG montou estande no hall do Edifício-Sede do TJMG, no bairro Serra, com um galão para coleta de medicamentos vencidos e divulgação de informações da campanha de Combate à Automedicação. A ação se alinha à campanha do TJMG, realizada durante todo o mês de junho, de “Descarte Responsável” de lixo eletrônico, óleo usado, buchas de cozinha e medicamentos vencidos.
O descarte de medicamentos vencidos ou em desuso deve ser feito, juntamente com as embalagens primárias, como ampolas, frascos, cartelas de comprimidos, frascos e tubos de pomada. Os pontos de coleta do TJMG ficam nas unidades da Gersat nos edifícios: Anexo I – Rua Goiás, 229; Fórum Cível e Fazendário – Avenida Raja Gabaglia, 1.753; Edifício-Sede – Avenida Afonso Pena, 4.001 e Fórum Lafayette – Avenida Augusto de Lima, 1.234. O Tribunal tem contrato com a empresa Elite Gestão de Resíduos LTDA, responsável pela coleta e destinação dos resíduos de material de saúde.
A superintendente da Comsiv, desembargadora Evangelina Castilho Duarte, reiterou o sucesso da parceria de dois anos com o CRF-MG - a Coordenadoria e a entidade sempre se apoiam em ações em prol da saúde da mulher e no combate à violência doméstica e familiar. “Foi uma ideia, pois o CRF tem muita penetração. Há farmácias em todos os lugares e eles já nos apoiam na campanha ‘Sinal Vermelho’, para ajudar e proteger as mulheres”, disse.
A campanha Sinal Vermelho, lançada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tem como ideia central que a mulher consiga pedir ajuda em farmácias, órgãos públicos e agências bancárias com um sinal vermelho desenhado na palma da mão. As vítimas já podem contar com o apoio de cerca de 15 mil farmácias, prefeituras, órgãos do Judiciário e agências do Banco do Brasil em todo o país. Nesses locais, atendentes, ao verem o sinal, imediatamente acionam as autoridades policiais.
A desembargadora também citou a participação de profissionais do CRF no livro “Pontes para a Paz”, lançado pela Comsiv. “O CRF é um parceiro excelente e esta campanha de combate a automedicação é essencial, para informar sobre dosagens excessivas e o descarte correto. Eles colaboraram com ótimos artigos e até já receberam o Selo Mulheres Libertas, pelos serviços prestados”, complementou.
Para a presidente do CRF-MG, Márcia Cristina de Oliveira Alfenas é papel da instituição e de seus profissionais de saúde conscientizar a população sobre os riscos da automedicação, pois os farmacêuticos estão preparados para orientar, dar atenção às tarjas dos medicamentos, que sinalizam sua classificação, e alertas para não usar sobras de medicamentos ou aceitar indicações de amigos ou parentes sem a orientação adequada.
“Esta não é a primeira vez que temos a oportunidade de trabalhar com o TJMG, que sempre nos apoia e dá oportunidade de mostrar o quão é importante o papel do farmacêutico na sociedade. Cada um no seu setor na sociedade pode fazer a sua parte e contribuir. E assim, juntos, sabemos que somos mais fortes e podemos ir mais longe”, disse a presidente do CRF-MG.
De 24 a 28 de junho, o CRF-MG realiza a semana de Combate à Automedicação, com ações que alertam a população sobre os problemas do uso indiscriminado de medicamentos. Segundo informações do CRF-MG, este movimento acontece anualmente e é assegurado desde 2015, pela Lei Estadual 21.782. De acordo com Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox/Fiocruz), a automedicação leva a mais de 30 mil casos de internação por intoxicação medicamentosa.
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