Foram concluídas, nesta sexta-feira (25/7), as atividades da 2ª turma do 14º Curso de Formação Inicial (CFI) de Juízes de Direito Substitutos. A capacitação foi promovida pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e marca mais uma etapa na preparação dos novos magistrados para o exercício da função. A solenidade de encerramento do curso foi realizada no Auditório do Tribunal Pleno da Corte mineira.
Os 48 juízes foram aprovados no concurso público regido pelo Edital nº 01/2021 e empossados em cerimônia realizada no dia 7/4. Eles participaram de uma formação intensiva voltada ao fortalecimento de competências técnicas e institucionais.
O curso teve como objetivo preparar os magistrados para uma atuação eficiente, ágil e comprometida com a qualidade da Justiça. Ao longo da formação, também foram enfatizados valores éticos, sociais e políticos, com foco na construção de uma atuação judicial sensível, responsável e conectada aos desafios da sociedade contemporânea.
Em seu discurso, o presidente do TJMG, desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior, patrono da 2ª turma do 14º CFI, expressou satisfação pela conclusão bem-sucedida do curso, enfatizando que a formatura é um momento simbólico de grande importância para o Tribunal, para a carreira dos novos magistrados e para a população.
Ele destacou, ainda, as mudanças que ocorreram no formato do Curso de Formação Inicial da Ejef:
"Desde o início dos cursos de formação inicial de magistrados e magistradas, nós notamos uma evolução. Passou de um momento de mero conhecimento do Tribunal, antes mesmo da nomeação, para um curso muito bem delineado, que permite que os novos colegas e as novas colegas não apenas conheçam a instituição, como atuem na prática na atividade profissional. Isso é muito importante e demonstra que, certamente, o Poder Judiciário vai ganhar muito", comentou.
No mesmo sentido, o 2º vice-presidente e superintendente da Ejef, desembargador Saulo Versiani Penna, disse que a expectativa é que os conhecimentos e a coesão demonstrados pelos novos magistrados durante o curso irão repercutir positivamente na prática judiciária:
"O CFI é essencial para que os juízes tenham um início de carreira mais consistente, mais tranquilo e com mais segurança. Nessa turma, se destacou a união que os formandos desenvolveram e o desempenho exemplar que obtiveram perante um projeto disciplinar extremamente meticuloso. Foi um grande resultado, que vai ter seus efeitos refletidos nas comarcas em que eles irão trabalhar", analisou.
Paraninfa da turma que se formou, a desembargadora do TJMG Áurea Maria Brasil, fez questão de destacar que a 2ª turma do 14º CFI apresentou a maior proporção de mulheres entre os formandos – foram 29 juízas e 19 juízes.
A magistrada citou ainda a necessidade de dedicação, coragem e aperfeiçoamento contínuo para que os formandos possam "lidar com as complexidades sociais, sempre servindo à Constituição e à lei, mantendo um olhar sensível e humanizado para fazer a diferença, especialmente na vida dos mais necessitados".
"O Curso de Formação Inicial é um período crucial de aprendizado prático. Embora os novos magistrados possuam vasto conhecimento jurídico teórico, tanto que foram aprovados em um concurso dificílimo, a experiência em campo é fundamental. A Escola Judicial, por meio de práticas e atividades imersivas, como visitas a instalações criminais, visa complementar essa base teórica. Esse treinamento antecipa a vivência forense, preparando os juízes com as habilidades necessárias para exercerem suas funções", disse a desembargadora Áurea Brasil.
O orador da turma, juiz Thiago Arôxa de Castro Campos, ressaltou a importância dos vínculos e da colaboração construídos ao longo do curso. Para ele, esses atributos serão um alicerce para a missão de defender a Justiça com retidão, humildade e compromisso:
"Chegamos aqui de diferentes partes do país, com histórias diversas e experiências singulares, mas unidos por um propósito comum: servir à Justiça do Estado de Minas Gerais e, acima de tudo, aos seus cidadãos. Fomos acolhidos com um profissionalismo caloroso próprio deste Tribunal de Justiça, que em mais de 150 anos de história demonstra que se renova diariamente para atender a sociedade. Essa hospitalidade genuína, tão característica do povo mineiro, nos fez sentir parte da instituição desde o primeiro dia, marcando de forma decisiva a nossa formação".
Mesa de honra
Compuseram a mesa de honra da solenidade o presidente Corrêa Junior; o 1º vice-presidente, desembargador Marcos Lincoln dos Santos; o 2º vice-presidente e superintendente da Ejef, desembargador Saulo Versiani Penna; o corregedor-geral de Justiça de Minas Gerais, desembargador Estevão Lucchesi de Carvalho; o superintendente adjunto da Ejef, desembargador Maurício Pinto Ferreira; a desembargadora Áurea Maria Brasil Santos Perez; o juiz auxiliar da 2ª Vice-Presidência e membro do Comitê Técnico da Ejef, Thiago Grazziane Gandra; o diretor de Desenvolvimento de Pessoas (Dirdep) da Ejef, Iácones Batista Vargas; e o coordenador de Jurisprudência, Biblioteca e Publicações Técnicas (Cojur) do TJMG, Claudiano Santos Pereira, representando o diretor executivo de Gestão da Informação Documental (Dirged), Thiago Doro.
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