Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Migração de processos do PJe para o eproc é ampliada em BH

Medida entra em vigor em janeiro de 2026 para unificar tramitação processual


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Servidores e colaboradores foram capacitados para trabalhar com o eproc (Crédito: Cecília Pederzoli / TJMG)

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) dá mais um passo no processo de modernização do Judiciário ao ampliar o projeto-piloto de migração de processos do sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe) para o sistema de processo judicial eletrônico eproc. A medida consta da Portaria Conjunta n.º 1.760/PR/2025.

A partir de 19/1 de 2026, o eproc passa a ser adotado, na Comarca de Belo Horizonte, para feitos da 1ª à 36ª Varas Cíveis, da Vara de Registros Públicos e da Vara Agrária de Minas Gerais e Acidente de Trabalho.

A intenção é que o eproc se torne o único sistema eletrônico para a tramitação de processos judiciais na 1ª e 2ª Instâncias, promovendo maior padronização, eficiência e facilidade de uso para magistrados, servidores, advogados e demais usuários.

Ele já está implantado em diversas unidades cíveis da capital e, com a expansão do projeto-piloto, o Tribunal de Justiça busca consolidar o modelo rumo à ampliação para outras unidades.

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O presidente Corrêa Junior enfatiza que o eproc vai proporcionar um salto de qualidade na rotina diária dos trabalhos vinculados a julgamentos de processos (Crédito: Juarez Rodrigues / TJMG)

O presidente do TJMG, desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior, ressalta as virtudes do eproc:

“O sistema eproc, que prima pela automatização dos atos processuais, sinaliza um futuro de decisões proferidas e processos resolvidos com mais celeridade. Tenho certeza que o TJMG, ao normatizar a tramitação, vai conseguir uniformidade entre as diversas unidades jurisdicionais espalhadas pelo estado e dar um salto de qualidade no atendimento.”
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O corregedor-geral de Justiça, desembargador Estevão Lucchesi, destaca que o eproc é mais um passo rumo à modernização dos serviços jurisdicionais (Crédito: Gláucia Rodrigues / TJMG)

O corregedor-geral de Justiça de Minas Gerais, desembargador Estevão Lucchesi de Carvalho, destaca benefícios da expansão do novo sistema:

“É um passo decisivo na modernização dos serviços jurisdicionais, impactando positivamente magistrados, servidores, advogados e a sociedade.”

Funcionalidades

A migração é feita pelas unidades judiciárias por meio da funcionalidade “Importar processos do PJe”, disponível no próprio eproc.

A ferramenta permite migrar processos individualmente ou em bloco, a partir da inserção dos números correspondentes.

Cabe às unidades e às partes envolvidas conferir documentos e dados migrados, verificando a integridade das informações e adotando eventuais providências corretivas.

Antes da migração, as unidades deverão promover o saneamento dos dados processuais, ajustando classe e assunto do processo e regularizando o cadastro das partes, especialmente quanto à exigência de inclusão de dados de identificação.

Processos aptos

Somente serão migrados os processos considerados aptos, ou seja, aqueles que não estejam em situações que impeçam a transferência.

Entre os processos não aptos estão, por exemplo, aqueles com documentos pendentes de assinatura; processos com audiências ou julgamentos já agendados; feitos conclusos para decisão ou com prazos em aberto; processos suspensos ou arquivados; cartas precatórias; processos com recursos pendentes no Tribunal; ações com partes sem CPF ou CNPJ, e processos sem enquadramento correto na Tabela Processual Unificada do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Concluída a migração, será juntada, no PJe, uma certidão de migração com intimação das partes. A partir disso, o processo passa a tramitar no eproc com a mesma numeração do CNJ.

Os advogados já habilitados terão seus cadastros migrados automaticamente, mas devem realizar o primeiro acesso com certificado digital. Só a partir desse momento o peticionamento e a movimentação no PJe ficam bloqueados e todos os atos processuais passam a ocorrer exclusivamente no eproc.

Painéis

Painéis estatísticos serão disponibilizados para planejamento da migração, além de orientações detalhadas elaboradas pela Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ).

Dúvidas ou problemas técnicos deverão ser comunicados por meio do Portal de Serviços de Informática.

A expansão do projeto para outras unidades da capital ocorrerá de forma gradual, após a consolidação da ferramenta nas unidades inicialmente contempladas.

Até nova deliberação, os processos físicos continuarão sendo virtualizados no PJe, seguindo normas da CGJ, com posterior migração para o eproc, conforme cronograma futuro.

Com a migração para o eproc, o TJMG reforça o compromisso com a transformação digital, buscando mais eficiência, transparência e segurança na prestação jurisdicional.

Diretoria de Comunicação Institucional – Dircom
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