Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

"Descubra" e "Entrega Legal" fortalecem proteção da Infância e da Juventude

Programas da Coinj do TJMG se consolidaram em 2025


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Um ano de conquistas e desafios para a proteção de direitos de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Em 2025, projetos realizados pela Coordenadoria da Infância e Juventude (Coinj) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) ajudaram a transformar vidas e a garantir a proteção da dignidade e da cidadania deste público.

A superintendente da Coinj, desembargadora Alice de Souza Birchal, sublinha o cuidado com a inserção profissional de jovens do sistema socioeducativo por meio do “Programa de Incentivo à Aprendizagem Profissional de Minas Gerais (Descubra)”. Criado em 2019, leva formação profissional a adolescentes e jovens, entre 14 e 21 anos, transformando vidas e promovendo o protagonismo cidadão.

“Estamos com números muito bons e ênfase nas ações que possibilitam a educação profissional para os adolescentes que vêm do Socioeducativo. Estamos, inclusive, desenvolvendo junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) um Programa que pode se tornar nacional.”

Em 2025, a Coinj atuou na coordenação do Comitê Gestor do Descubra. Nesse período, 382 adolescentes iniciaram contrato de aprendizagem. Com a adesão de municípios, o programa chegou a 24 cidades mineiras. O “Descubra”, que conta ainda com 14 empresas e instituições parceiras, é uma cooperação institucional entre órgãos do Sistema de Justiça, Sistema S, entidades formadoras, governos municipais e estaduais e grandes empresas para promover a inclusão social desses jovens.

“O 'Programa Descubra' chamou a atenção do CNJ, que destacou que nosso caminho está trazendo muitos benefícios para esses jovens. Isso permite que tenham boas perspectivas após o cumprimento das medidas socioeducativas”, afirma a desembargadora. 

Not---Programa-Descubra-em-Contagem-3.jpgPrograma Descubra” permite a formação profissional de adolescentes e jovens (Crédito: Prefeitura Municipal de Contagem)

Adoção e apadrinhamento

A proteção da infância ganha contornos específicos com o programa “Entrega Legal”. Em 2025, foram 94 os recém-nascidos entregues pelas mães para adoção. Os dados são do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA).

O Programa efetiva o direito das gestantes e mães de recém-nascidos a realizar, voluntariamente, a entrega para adoção após o nascimento. As que manifestam esse desejo têm direito a serem atendidas sem constrangimento nas áreas de saúde, assistência social e no Sistema de Justiça.

Em relação ao apadrinhamento, 1.519 crianças e adolescentes foram beneficiados em Minas Gerais em 2025:

  • 542 pelo Apadrinhamento Afetivo (promove a construção de vínculos estáveis por meio de visitas, passeios e convívio)
     
  • 531 por Apadrinhamento Prestador de Serviço (permite que profissionais ou instituições ofereçam serviços gratuitos, conforme especialidades, como atendimento médico, aulas e oficinas, entre outros)
     
  • 446 pelo Apadrinhamento Provedor (consiste no apoio financeiro ou na doação de bens e materiais que contribuam com as necessidades das crianças e adolescentes acolhidos)
     
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Campanha “Adoção, família se faz com amor”, divulgada em maio deste ano, traz famílias que se transformaram após a adoção (Crédito: Gláucia Rodrigues / TJMG)

Premiação

Mais uma iniciativa de sucesso: o programa “Jovens Parceiros” foi premiado com o 5º lugar na categoria Tribunal no Prêmio Prioridade Absoluta 2025, do CNJ, que reconhece iniciativas voltadas à promoção e respeito dos direitos de crianças, jovens e adolescentes.

O “Jovens Parceiros” foi idealizado pelo TJMG em 2019 para levar qualificação profissional a jovens por meio de convênios com instituições. Estendido a 14 comarcas, já atendeu a quase 500 jovens. 

Já o programa “Novos Caminhos”, do CNJ, incentiva os Tribunais de Justiça a desenvolverem protocolos que envolvam o Judiciário, a sociedade civil, instituições de ensino e empresas para viabilizar o processo de desinstitucionalização de jovens que vivem em unidades de acolhimento.

“Temos buscado aumentar ações no interior, ampliando a participação nas comarcas, e isso tem dado bons resultados. Em 2026, vamos investir nos programas e reforçar parcerias para melhorar a vida de nossas crianças e adolescentes”, pontua a desembargadora. 

Projetos, programas e cursos

  • O “Expresso da Infância” (antigo “Expresso Coinj”) levou mais de 2 mil crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional para atividades diversas, como sessões do Cineclube TJ, visitas a museus, teatro e zoológicos, entre outras atividades culturais
     
  • A Coinj também desenvolveu campanhas de adoção, que foram veiculadas com destaque em TV, redes sociais e backbus
     
  • O “Depoimento Especial”, medida essencial para evitar a revitimização da criança vítima ou testemunha de crime, foi tema de curso realizado pela Coinj. Duas turmas foram formadas, sendo uma destinada a magistrados e servidores das Varas de Infância e Juventude, com 46 aprovados, e outra turma para magistrados e servidores das Varas de Família
     
  • A Coinj também participou de diferentes eventos, seminários, palestras e ações em apoio a iniciativas como o “Flores que Curam”, idealizado pelo Instituto Filhas de Sara, em apoio a meninas em situação de violência doméstica
     
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A superintendente da Coinj, desembargadora Alice Birchal, aponta oportunidades de parceria em 2026 (Crédito: Gláucia Rodrigues / TJMG)

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