A partir desta quarta, 20 de março, uma nova ferramenta tecnológica, validada após um período de testes, vai acelerar as sessões de julgamento do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Trata-se da taquigrafia automatizada, que substitui a captura manual do conteúdo proferido e é integrada aos demais sistemas empregados na corte estadual.
O procedimento registra em áudio e vídeo as sessões de julgamento e gera arquivos nos quais o conteúdo fica armazenado, associado a todas as informações constantes das pautas, ao número do processo, à composição da turma julgadora, a cadastros das partes e dos advogados que sustentarão a causa.
O 1° vice-presidente do TJMG, desembargador Afrânio Vilela, explica que o software hoje em uso é mais adequado do que o da fase-piloto, e inclui um módulo gerencial para ser operado pela Central de Taquigrafia, o que permite o acesso ágil e quase imediato a fragmentos da sessão e dispensa anotações que antes sobrecarregavam os taquígrafos.
Esses profissionais ainda ficarão responsáveis por fazer cortes nos arquivos de áudio e vídeo a pedido dos gabinetes, transcrever trechos ou a integralidade das sessões, revisar as transcrições e identificar interlocutores.
O arquivo de texto gerado será anexado ao processo. “Ganha-se em produtividade, modernidade, transparência e eficiência”, sintetiza o 1º vice-presidente. Segundo o magistrado, com essas funcionalidades e o novo fluxo de trabalho, a entrega das notas ocorrerá em tempo significativamente reduzido.
“Em suma, o trabalho, que é feito manualmente de forma brilhante, contará com tecnologia apta a favorecer as rotinas, agregando-lhes segurança e qualidade”, diz, esclarecendo que o sistema e câmeras já foram instalados nos 11 plenários.
O superintendente judiciário destacou o empenho de vários indivíduos e setores do TJMG para a consecução dos objetivos: além do juiz auxiliar da 1ª Vice-Presidência, Armando Ghedini Neto, os gestores e equipes da Diretoria Executiva de Informática, que desenvolveu a ferramenta, e da Diretoria Executiva de Suporte à Prestação Jurisdicional; da Central de Taquigrafia; da Secretaria de Padronização e Acompanhamento da Gestão Judiciária; da Coordenação de Desenvolvimento e Manutenção de Sistemas Judiciais da 2ª Instância; do Núcleo de Suporte Técnico ao Processo Judicial Eletrônico de Segunda Instância.
A primeira fase de implantação do sistema foi testada em agosto do ano passado, em sessão da 2ª Câmara Cível do TJMG. Veja notícia.
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