
Izabela de Faria Miranda abordou os diversos aspectos da Lei Maria da Penha a trabalhadores de um canteiro de obras da Construtora Caparaó ( Crédito : Riva Moreira/TJMG )
Cerca de 50 empregados da construção civil, entre pedreiros, serventes, mestres de obras e encarregados, participaram, nesta segunda-feira (7/11), de uma atividade de prevenção à violência doméstica e familiar, em um canteiro de obras da Construtora Caparaó, no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte. A coordenadora da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Izabela de Faria Miranda, proferiu palestra sobre o assunto.
As palestras sobre o tema são organizadas pelo Serviço Social da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Seconci-MG), que atua em parceria com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, por meio da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv).
Na terça-feira (8/11), o juiz Leonardo Moreira, da comarca de Pedro Leopoldo, participará de outra palestra em canteiro de obras no Belvedere. E, na quarta-feira (9/11), a desembargadora Evangelina Castilho, superintendente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Comsiv) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, estará com trabalhadores no bairro Santa Maria.
Aos trabalhadores e trabalhadoras, a palestrante Izabela de Faria Miranda falou sobre a Lei Maria da Penha, os tipos de violência que a legislação prevê – como a física, a psicológica e a patrimonial –, as consequências dessas diversas formas de agressão para as vítimas e a importância de os homens escutarem suas companheiras e de estabelecerem com elas uma comunicação não violenta, entre diversos outros pontos.
“Estar em espaços com a presença predominante de homens, levando essas questões, é uma atitude revolucionária. Minha atuação é mostrar para esses homens como é possível interromper o ciclo da violência contra as mulheres. O debate é extremamente relevante para conscientizar essas pessoas”, afirmou a palestrante.
Segundo Izabela de Faria Miranda, é preciso pensar na violência familiar e contra as mulheres de forma mais abrangente, levando em consideração o machismo estrutural, “tão presente na vida de homens e mulheres”.
Trabalho educativo

José de Souza Gonçalves, mestre de obras da Construtora Caparaó, que assistiu a palestra, disse que esse tipo de debate é muito importante. “Os homens precisam ter a consciência que os direitos são iguais, entre homens e mulheres. Precisamos desse tipo de orientação de forma permanente”, disse
“Estamos vivendo uma situação crítica em relação à violência doméstica. Levar essa discussão para dentro dos canteiros de obras é fundamental, já que esse público é predominantemente masculino. Fazemos um trabalho educativo sobre esse assunto, para tentar reverter a escalada de violência contra a mulher. Muitas vezes, ouvimos relatos de homens que tem poucas informações violência doméstica”, destacou a supervisora do Departamento de Serviço Social do Seconci-MG, Sylvia Helena Costa.
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