Entre janeiro e dezembro de 2016, a 1ª e a 2ª Varas de Tóxicos de Belo Horizonte reduziram seus acervos processuais físicos em 16,45% e 12,52%, respectivamente. De acordo com os juízes titulares, os bons resultados provêm de uma equipe motivada e competente e da adoção de práticas efetivas em consonância com iniciativas do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Juíza titular da 2ª Vara de Tóxicos, Andréa Cristina de Miranda, na foto em uma sessão em que participa o advogado Henrique Natalino Gandra, baixou o acervo em mais de 900 processos
Um desses programas é o “Julgar: Rede Ampliada de Justiça”. Criado em agosto de 2016, tem como função principal dar vazão a processos por meio de esforços concentrados, reduzindo o acervo das comarcas mineiras. Os magistrados afirmam que inovações desse âmbito demonstram que a atuação do Tribunal está atenta e atuante quanto à necessidade de agilizar a prestação jurisdicional, principalmente no tocante aos processos sobre crimes da Lei de Drogas, geradores de tantos outros que assolam a comunidade.
Relações respeitosas
O juiz Ronaldo Vasques, da 1ª Vara de Tóxicos, credita ao assessor, aos servidores e aos estagiários os resultados obtidos. Entre janeiro e dezembro de 2016, foram realizadas 943 das 982 audiências designadas. Os despachos foram 4.399; e as sentenças, 674.
De acordo com o magistrado, a unidade adota algumas medidas essenciais para a eficácia da prestação jurisdicional, como dar prioridade ao despacho de processos conforme o caráter de urgência. “O que chega tem um prazo de entrada e saída, porque senão acaba ficando parado na prateleira em razão das demandas crescentes”, conta.
Para o juiz, um trabalho prestativo demanda uma relação saudável com os servidores do Judiciário e parcerias com as mais diversas instituições públicas pautadas pelo respeito. “Nós, magistrados, devemos tratar os servidores com carinho, porque eles são nossos braços direito e esquerdo. O mesmo serve para as partes, os advogados, os promotores públicos e demais, já que temos o mesmo objetivo. Somos um corpo que não dá para desmembrar”, afirma.
“Justiça tardia é uma injustiça”, declara o juiz Ronaldo Vasques. Segundo ele, a sociedade, mesmo sabendo que um réu pode vir a ser solto, precisa ter um retorno. “É importante para a população saber que vai haver uma resposta a um crime cometido contra a coletividade. Precisamos entender que somos funcionários dos cidadãos e devemos fazer jus ao dinheiro que recebemos”, fala.
Valorização da equipe
Já a 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte baixou seu acervo processual em mais de 900 processos, também em 2016. A juíza titular da vara, Andréa Cristina de Miranda Costa, afirma que uma equipe motivada e ciente dos desafios propostos conforme a realidade da unidade é fundamental na obtenção dos resultados positivos.
“Toda equipe deve estar em constante sintonia, não só priorizando a celeridade dos processos, mas também a qualidade do serviço. Um trabalho bem realizado facilita para que eventual problema no processo não se repita”, explica. De acordo com o relatório, no ano passado, foram designadas 1.019 audiências e realizadas 804, além de terem sido proferidas 774 sentenças e 5.251 despachos.
A juíza Andréa conta que a utilização de recursos tecnológicos, como o Banco Estadual de Mandados de Prisão (Bemp) do TJMG, audiências audiovisuais e alvarás eletrônicos, colaboram para um serviço eficaz. “É preciso buscar inovação e escutar as ideias da equipe”, disse. Segundo ela, também é preciso apostar numa triagem efetiva dos processos.
À frente da 2ª Vara de Tóxicos desde 2014, a magistrada afirma que o principal desafio enfrentado são os casos complexos com vários réus. “Com a ação em curso, cabe ao juízo atuar de forma célere para que a audiência se realize no menor tempo possível e com o maior número de pessoas, evitando em especial o desmembramento dos autos e a ocorrência de nulidades, sempre atento aos princípios constitucionais da ampla defesa, do contraditório, da celeridade e da eficiência”, conta.
Sobre a importância da celeridade, a juíza enfatiza que “justiça lenta é sinônimo de ineficiência, pois se perde a oportunidade e a obrigação de dar à sociedade a resposta que ela tanto exige”. Para a magistrada, o tempo é impiedoso e faz com que o direito pereça.
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