O programa Jovens Transformadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) ofereceu oficinas de reflexão e formação para universitários dos cursos de psicologia e direito a fim de que eles possam conscientizar alunos do ensino médio sobre o problema da violência contra a mulher. O encontros de capacitação foram realizados de 5 a 7 de junho na Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef).
A ideia que norteia o programa é que, se jovens conversam com jovens, o debate é mais eficaz. Os universitários foram capacitados para exercer uma função educativa e preventiva nas instituições de ensino médio, dentro do programa “Justiça vai à Escola: chega de violência doméstica”. O objetivo é que eles contribuam para a divulgação da Lei Maria da Penha (11.340/06) e para a disseminação dos valores de igualdade de gênero.
A superintendente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Comsiv), desembargadora Kárin Emmerich, explicou que o Jovens Transformadores tem o propósito de desconstruir uma visão social de dominação masculina e disseminar a cultura da não violência. “Acreditamos que os estudantes possam atuar com um olhar direcionado à proteção da mulher, adotando posturas afirmativas para serem protagonistas da mudança de uma sociedade fincada em raízes patriarcais”, avaliou.
O treinamento, que recebeu o nome “Repensando o Gênero”, foi conduzido pela psicóloga Santuza Fernandes Rodrigues, com especialização em clínica educacional e organizacional. No último dia, o promotor de justiça José Ricardo Sousa Rodrigues, da 18ª Promotoria Especializada no Combate à Violência Doméstica, fez uma palestra sobre as especificidades da Lei Maria da Penha.
Nessa primeira etapa, os universitários serão facilitadores em dez escolas públicas e privadas de ensino médio na capital. O estudante de psicologia Lucrécio Júnior, do Centro Universitário UNA, está ansioso para trabalhar com os adolescentes. Ele já participou de projetos de prevenção à violência contra a mulher e se considera um feminista, já que luta pela igualdade entre os gêneros.
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