A primeira alegria de Sandra com a maternidade aconteceu graças a uma bebê de cinco meses, filha biológica de uma moradora de rua. Depois vieram muitos outros prazeres, com aCarine e os outros dois filhos, Felipe e Katheleen, que chegaram quase juntos.
Depois de várias tentativas frustradas de gravidez, a secretária Sandra e o psicólogo Rogério, que sonhavam em ter dois filhos, resolveram adotar. Ao descobrirem que sua bebezinha tinha uma irmã biológica quatro anos mais velha, eles buscaram encontrá-la a princípio, sem sucesso.
Continuavam curtindo sua pequena Carine, quando foram surpreendidos por uma gravidez espontânea. E, aos cinco meses de gestação, foram surpreendidos novamente. Desta vez pela Vara da Infância e da Juventude de Belo Horizonte: a irmã mais velha de Carine havia sido localizada e vivia em uma instituição de acolhimento. Mesmo grávido e com uma filha de dois anos, o casal decidiu pela adoção de Katheleen.
“Com tanta emoção, o parto foi prematuro, eu mal tinha voltado a trabalhar depois de um mês da licença-maternidade da Katheleen, já estava saindo novamente para a licença-maternidade do Felipe. E no início, foi toda aquela fase de adaptação para cuidar de três crianças em casa, uma de dois anos, um bebê recém-nascido e uma de seis anos aprendendo uma nova vida em família”, contou Sandra.
Essa mãe cheia de energia para cuidar da rotina intensa com 3 filhos ainda trabalha em horário integral na empresa de energia do Estado. Ela faz, então, uma analogia entre o seu trabalho e a sua vida particular: “Nossa casa é ligada diretamente na subestação de energia elétrica, não tem transformador para baixar a tensão”, brinca a secretária da Cemig.
“Aprendemos a amar cada um deles com o tempo, à medida que vamos construindo as relações, os sentimentos, a afetividade... É um aprendizado para a vida toda. Amar é também saber dizer 'não' e é nessas atitudes que formamos os filhos que um dia poderão servir à sociedade”, afirma Rogério, o pai dos três irmãos.
Quando perguntados pelo futuro, as duas meninas falam que querem filhos adotados. A mais velha (15) ainda não decidiu se quer ser babá, porque adora crianças, jogadora de vôlei ou cabeleireira; a mais nova (11) já tomou a decisão de ser veterinária e o irmão (9) só sabe que quer ser jogador de futebol.
As psicólogas e assistentes sociais da Vara da Infância e da Juventude de Belo Horizonte lembram que mais do que o histórico da criança é o ambiente adequado que proporciona o bom desenvolvimento do filho, seja adotado ou biológico. Entre os habilitados estão casais que não conseguiram engravidar, como Sandra e Rogério, casais homoafetivos, pessoas solteiras ou casais que já têm filho e têm o desejo da adoção. A Justiça avalia sem fazer discriminação, o bem-estar da criança é o que importa.
O que eu vou ser quando crescer? Quero ser pai, quero ser mãe... É esse o sonho que motiva as pessoas a se habilitarem para a adoção de filhos.
Assessoria de Comunicação Institucional - Ascom
Tribunal de Justiça de Minas Gerais - TJMG
(31) 3306-3920
imprensa@tjmg.jus.br
facebook.com/TJMGoficial/
twitter.com/tjmgoficial
flickr.com/tjmg_oficial