A Unidade Avançada de Inovação em Laboratório (UAILab) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) foi convidada pelo Fórum Nacional de Juizados Especiais (Fonaje) para integrar um grupo de cinco laboratórios de outros tribunais com o objetivo de buscar soluções para desafios enfrentados pelos Juizados Especiais.
O objetivo do grupo é auxiliar os participantes do Fonaje a identificar problemas, criar soluções e elaborar protótipos a partir da adoção de abordagens inovadoras como o design thinking (abordagem que estimula o processo de pensamento crítico e criativo) e métodos ágeis para implementação de mudanças positivas nos Juizados Especiais.
Além do UAILab, participam os laboratórios Aurora, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT); Gênesis, do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO); Ideias, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE); e o JudLab, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
Os projetos desenvolvidos nas oficinas serão apresentados nas duas edições do Fonaje, previstas para acontecerem em 2023. A primeira será sediada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), de 24 a 26 de maio, e a segunda será realizada no TJMG, em novembro.
O juiz auxiliar da Presidência do TJMG e coordenador do UAILab, Rodrigo Martins Faria, disse que foi uma honra para o laboratório ter sido convidado para integrar o projeto.
“Esta é uma das iniciativas mais importantes que o UAILab já desenvolveu em pouco mais de um ano de existência. A inovação não se restringe à tecnologia. Inovação é gerar valor para as pessoas. A verdadeira vocação dos laboratórios de inovação é criar melhores soluções para os problemas mais complicados. Para isso, utilizamos diversas metodologias, as mais modernas do mundo. A mais usada é o design thinking, que podemos traduzir como ‘desenho do pensamento’. A ideia é estimular o pensamento e a mente das pessoas para extrair seu maior poder criativo e desenvolver as melhores soluções”, disse.
O juiz reiterou o potencial dos laboratórios para auxiliarem os Juizados Especiais. “O Juizado Especial é o ramo da Justiça que recebe as causas de pequeno valor, mas de grande importância para as pessoas. É um desafio muito grande para o Poder Judiciário criar um ambiente que seja acolhedor e efetivo para a proteção destes direitos. O Juizado Especial é um campo muito fértil e propício para a atuação dos laboratórios de inovação”.
Oficinas
Em uma das etapas previstas no cronograma de trabalho, o UAILab participou, na última terça-feira (18/4), da primeira oficina virtual denominada “Fonágil”, em referência ao Fonaje e a adoção de métodos ágeis. O encontro reuniu mais de 20 magistrados e magistradas dos Juizados Especiais de todo o país. Os participantes puderam conhecer as diversas realidades dos Juizados Especiais brasileiros e definir os desafios que serão trabalhados. Outras duas oficinas serão realizadas antes do 51º Fonaje, em Santa Catarina.
Ao fim das oficinas, os participantes serão divididos em cinco grupos, sendo que cada um deverá apresentar um protótipo no 51º Fonaje. Uma proposta será escolhida para ser implementada como projeto-piloto em um tribunal estadual com potencial para ser replicada em âmbito nacional.
Representaram o UAILab no “Fonágil” as laboratoristas Izabela Acorroni, Júlia Vieira, Gisele Soares e o laboratorista Guilherme Chiodi. “É muito importante a participação e o reconhecimento do UAILab neste projeto tão grande. É um privilégio ajudar o Judiciário como um todo e representar Minas Gerais nestas oficinas”, disse Izabela Acorroni.
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