Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

TJMG recebe estudantes que vão participar de programa educacional na Holanda

Desembargadora Evangelina Duarte incentivou alunos a multiplicarem conhecimento


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A superintendente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv), desembargadora Evangelina Castilho Duarte, recebeu nesta sexta-feira (7/6), dois estudantes de escolas públicas selecionados pela Casa Anne Frank, na Holanda, em parceria com o Núcleo Anne Frank Minas Gerais, para viajar a Amsterdã. Os dois vão participar de um programa educacional naquele país, trocando experiências com estudantes de diversas partes do mundo.

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Desembargadora Evangelina Castilho Duarte ouviu os estudantes e falou sobre parceria do TJMG com Núcleo Anne Frank Minas Gerais (Crédito: Euler Junior/TJMG)

O Núcleo Anne Frank Minas Gerais é parceiro das atividades realizadas pela Comsiv em escolas mineiras; Ele replica os programas e atividades desenvolvidos pela Casa Anne Frank de Amsterdã e integra o Instituto Plataforma Brasil (IPB), representante oficial da Casa Anne Frank no Brasil, sensibilizando e conscientizando os estudantes para temas como preconceito, intolerância, respeito, igualdade e direitos humanos.

Beatriz Nery, de 17 anos, aluna do 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Padre João de Mattos Almeida, no Bairro Serrano, e Marcos Paulino de Souza, de 16 anos, aluno do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Walt Disney, no Bairro Casa Branca, participaram de diversos projetos promovidos pelo Núcleo Anne Frank Minas Gerais.

Atividades

Por meio das atividades desenvolvidas em suas escolas e, posteriormente, pela atuação na Rede de Jovens Anne Frank no Brasil, os dois alunos foram selecionados para o intercâmbio educacional, que será realizado na segunda quinzena de julho. A viagem será custeada pela entidade holandesa. “Essa experiência será enriquecedora para os estudantes, que vão discutir, na Holanda, temas como democracia, direitos humanos e liberdade. Posteriormente, eles serão multiplicadores desse conhecimento em suas escolas”, afirmou a desembargadora Evangelina Castilho Duarte.

“A partir de nossa parceria com o Núcleo, chegamos a diversas escolas para tratar a temática da violência doméstica. Essa abordagem, ainda durante a vida escolar, é fundamental, já que a educação é o caminho para alcançarmos uma sociedade igualitária”, disse a desembargadora.

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Exposição Conhecendo Anne Frank – "Deixe-me ser eu mesma" está em cartaz até o fim deste mês, no 1º andar do Edifício-Sede do TJMG (Crédito: Euler Junior/TJMG)

Ela também ressaltou a importância da viagem à Holanda e da necessidade de que os estudantes adotem uma postura transformadora, tornando-se multiplicadores do conhecimento que adquirirem.  

Andréa Cristina Ferreira de Almeida, integrante do Núcleo Anne Frank, com atuação na área de coordenação de projetos e articulação da Rede de Jovens nacional, afirmou que a parceira com o TJMG tem rendido frutos muito positivos com a comunidade escolar. “Os estudantes têm a oportunidade de visitar o TJMG e também de receber a visita da Comsiv em suas escolas. Além de se sentirem valorizados, eles são convidados a uma reflexão crítica sobre diversas questões, sempre associadas ao contexto social em que estão inseridos”, detalha Andréa.

Segundo ela, a parceria também permite que os estudantes ampliem o conhecimento de mundo que têm. “Por meio da história de Anne Frank, partimos de acontecimentos passados para propor uma reflexão sobre o presente e o futuro. Este ano, os alunos escolheram debater e aprofundar duas temáticas: a desigualdade social e o bem-estar e saúde mental.”

Exposição

Uma das etapas do trabalho do Núcleo Anne Frank Minas Gerais inclui a visita das escolas à exposição Conhecendo Anne Frank – "Deixe-me ser eu mesma", em cartaz até o fim deste mês no 1º andar do Edifício-Sede do TJMG.

Beatriz Nery disse que está ansiosa com a viagem e com a oportunidade de trocar experiências com estudantes de todas as partes do mundo. “As questões que estamos trabalhando demandam muito estudo. Isso traz um conhecimento que não tem preço.”

Marcos Paulino de Souza também disse que está muito feliz com a oportunidade de se relacionar com pessoas de outras culturas e etnias, "ainda mais representando o Brasil na companhia de outros estudantes brasileiros".

Participaram do encontro com a desembargadora Evangelina Castilho Duarte, além dos estudantes, a mãe de Beatriz Nery, Júnia Cristiane Ramos; o diretor da Escola Estadual Walt Disney, Marco Aurélio Oliveira; Andréa Cristina Ferreira de Almeida, representante do Núcleo Anne Frank Minas Gerais; e a equipe da Comsiv.

Acordo

Em dezembro de 2023, a Comsiv assinou o Acordo de Cooperação Técnica nº 169/2023, com o Núcleo Anne Frank Minas Gerais, para o desenvolvimento de um trabalho conjunto entre as instituições com foco na promoção da educação e na implementação de ações para o enfrentamento das diversas formas de violência doméstica e familiar contra a mulher. O trabalho também tem como objetivo a promoção de uma educação pelo direito à diversidade, à cultura de paz e à democracia e que combate o racismo, a discriminação e a exclusão social.

Biografia

Anne Frank nasceu em 1929, em Frankfurt, na Alemanha. Ela e seus familiares se mudaram para a Holanda onde, tempos depois, precisaram se esconder para fugir da perseguição nazista aos judeus. No esconderijo, Anne escreve sobre o que pensa e sente, escritos que, anos após sua morte, deram origem a um livro mundialmente conhecido.

Em 1944, o esconderijo foi descoberto e toda a família foi transferida para campos de concentração. Anne e sua irmã Margot morreram em 1945, vítimas de febre tifoide. A mãe das duas, Edith, também morreu em um campo de concentração. Apenas Otto, o pai, sobreviveu à guerra. É ele quem dá publicidade aos escritos da filha. Otto esperava que os leitores do diário tomassem consciência dos perigos da discriminação, do racismo e do ódio contra os judeus.

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