O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por meio de seu superintendente de Segurança Institucional, desembargador Marcos Henrique Caldeira Brant, participou, nesta quinta-feira (25/8), da solenidade realizada na 4ª Região Militar – Região das Minas do Ouro, na capital mineira, em comemoração ao Dia do Soldado, celebrado nesta data em referência ao nascimento de Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro.

“O Dia do Soldado é considerado uma das datas magnas do Exército Brasileiro por marcar o dia do nascimento de seu patrono, cuja espada invencível e generosa sempre esteve a serviço do Brasil e dos brasileiros. Caxias pode ser considerado o modelo padrão de soldado, aquele que une todos em torno de si”, destacou o desembargador Marcos Henrique Caldeira Brant, que representou o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador José Arthur Carvalho Pereira Filho, na solenidade.

A festividade foi conduzida pelo general de Divisão Paulo Alípio Branco Valença, comandante da 4ª Região Militar e da Guarnição Federal de Belo Horizonte. Na ocasião, ocorreu a formatura da tropa e a condecoração de várias autoridades civis e militares com a medalha do Pacificador e com a Medalha de Honra do Exército. Entre as homenageadas, figurou a juíza Cláudia Luciene Silva Oliveira, coordenadora do Juizado Especial da capital, pelos relevantes serviços prestados ao Exército Brasileiro.

Legado de Caxias

Durante a solenidade, o general comandante da 4ª RM leu a Ordem do Dia alusiva ao Dia do Soldado, elaborada pelo comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes. No texto, o militar saudou todos “os soldados da Força Terrestre, de todas as épocas”, por sua dedicação, profissionalismo e patriotismo. “O juramento de 'defesa da Pátria com o sacrifício da própria vida’ é o maior compromisso que um cidadão pode assumir”, disse o general.

Na Ordem do Dia, o comandante do Exército manifestou sua honra e gratidão em compartilhar com os soldados os mesmos ideais e tradições que perpetuam, ao longo dos séculos, a nobreza do Exército do Brasil. A mensagem rememorou ainda fatos e personagens históricos e exaltou a atuação dos combatentes brasileiros. 

“Discípulos de Caxias! Mantenham a fé na missão de nossa Força! Continuem espelhando-se em nosso patrono, o marechal e glorioso Duque, sempre firmes e coesos, sob o sagrado manto da Hierarquia e da Disciplina, para que o Exército Brasileiro, perpétuo defensor dos interesses nacionais, permaneça servindo à Nação e seja reconhecido por seu patriotismo vibrante, pela busca da modernidade e pelo eficiente e permanente estado de prontidão na garantia de nossa Soberania!”, declarou o comandante no Exército.

Leia a íntegra da Ordem do Dia do Soldado    aqui.

Em homenagem ao patrono do Exército, houve ainda a aposição de uma corbelha de flores junto ao busto de Duque de Caxias. A solenidade contou também com a entrega de premiação às vencedoras de concurso literário coordenado pelo Centro de Preparação dos Oficiais da Reserva e Colégio Militar de Belo Horizonte e alusivo à Semana do Soldado. Foi realizada ainda uma bênção ecumênica pelo Major Welbert, capelão militar, na qual ele observou que no Dia do Soldado eram enaltecidas não apenas as atitudes militares de Duque de Caxias, mas, sobretudo, “a sua fé inquebrantável”.

Data comemorativa

O Dia do Soldado é comemorado desde 1923 e tem como objetivo enaltecer a figura de seu patrono, Duque de Caxias, “O Pacificador”, que nasceu neste mesmo dia, no ano de 1803.  Em 25 de agosto de 1923 – ocasião em que era presidente do Brasil o mineiro Arthur Bernardes – o ministro da Guerra, Setembrino de Carvalho, baixou dois emblemáticos Avisos Ministeriais.

O Aviso 443 determinava que, daquele ano em diante, sempre naquela data, ocorreria “uma formatura de tropas do Exército, às quais hão de se reunir destacamentos da Marinha e da Brigada Policial”, em homenagem ao Duque de Caxias. Já o Aviso 366 instituiu o Dia do Soldado, a ser comemorado na mesma data, vinculando assim todos os soldados àquele que seria seu guia. Somente em 1962 essa tradição foi oficializada por meio do Decreto Presidencial 51.429, de 13 de março de 1962. 

O Pacificador

Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nasceu em 25 agosto de 1803, na fazenda de São Paulo, no Taquaru, Vila de Porto da Estrela, na Capitania do Rio de Janeiro, quando o Brasil era Vice-Reino de Portugal. Com apenas 5 anos de idade, em 22 de maio de 1808, época em que a Família Real portuguesa transfere-se para o Brasil, ele foi titulado Cadete de 1ª Classe. 

Em 1818, aos quinze anos de idade, ele se matricularia na Academia Real Militar, de onde retornou promovido a Tenente, em 1821, para servir no 1º Batalhão de Fuzileiros, Unidade de elite do Exército do Rei. Em 1823, ele atuaria na pacificação de um movimento contra a independência, na Bahia e, ao retornar dessa campanha, receberia o título de Veterano da Independência. 

Sua trajetória é marcada pela bravura e pela vitória nas diversas campanhas nas quais atuou – as mais importantes que marcaram a história do Brasil, no século XIX. Entre elas, as das guerras da independência na Bahia; as revoltas durante o período regencial, no Rio Grande do Sul e no Maranhão; a Campanha da Cisplatina; e a Guerra do Paraguai. Foi por sua participação neste último conflito que ele seria agraciado com o título de duque.

Luís Alves de Lima e Silva, então Barão de Caxias, esteve em agosto de 1842 em Minas Gerais para pacificar a província, em especial no Município de Santa Luzia, a 20 km da capital, onde ocorreu a batalha final da Revolução Liberal.

Duque de Caxias faleceu em 7 de maio de 1880. Confira mais informações sobre a biografia do patrono do Exército Brasileiro no site da instituição, aqui.  

Presenças

Entre as diversas autoridades civis e militares que prestigiaram a cerimônia do Dia do Soldado, estiveram o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-3ª Região), desembargador José Murilo de Morais; o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Jorge Noman Filho; o promotor de justiça Rafael Henrique Martins Fernandes, representando o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais; o coronel PM Rodrigo de Souza Rodrigues, comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais; o superintendente regional da Polícia Rodoviária Federal em Minas Gerais, Bruno Schneider; o brigadeiro do ar José Henrique Kaipper, comandante do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica; o capitão de Mar e Guerra e comandante da Capitania Fluvial de Minas Gerais, Washington Luiz Vieira de Barros; e o delegado regional executivo Alexandre Silveira de Oliveira, superintendente regional de Polícia Federal substituto, representando o superintendente regional da PF em Minas Gerais.

E ainda: o coronel bombeiro Robespierre de Oliveira Silva, auditor setorial do Corpo de Bombeiros Militar em Minas Gerais, representando o comandante-geral da corporação; o procurador-chefe da Procuradoria da União em Minas Gerais Bráulio Lisboa Lopes; os generais de Divisão Jorge Antônio Smicelato e Mário Lúcio Alves de Araújo, antigos comandantes da 4ª Região Militar; o general de Brigada Ramon Marçal da Silva, chefe do Sistema Defesa, Indústria e Academia de Inovação; o coronel aviador Marcelo Reed Sardinha, diretor do Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa; e o coronel Marcos Vinícius Mansur Messeder, comandante do CPOR e Colégio Militar de Belo Horizonte, entre outras autoridades civis e militares.

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