Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Projeto Caminhos da Reconstrução empodera mulheres em Brumadinho

Realizado por meio do Cejusc local, iniciativa conta com apoio da Comsiv


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A psicóloga da DPMG Brênia Barbosa, o juiz David Barroso e a servidora do Cejusc Maria Eduarda Almeida ( Crédito: Divulgação / TJMG )

O lançamento do projeto "Caminhos da Reconstrução: Encontros Restaurativos para Mulheres em Situação de Violência Doméstica", voltado para o acolhimento e a escuta ativa de mulheres que sofreram violência doméstica na Comarca de Brumadinho, ocorrido dia 21/2, teve o apoio da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv) e da Equidade de Gênero, Raça, Diversidade, Condição Física ou Similar do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

O evento foi realizado por meio de parceria entre o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca e a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais (DPMG). A iniciativa disponibiliza um espaço para que as mulheres possam compartilhar suas experiências em um ambiente seguro, e oferece apoio jurídico, psicológico e ajuda para que a vítima possa se emancipar através da metodologia de Justiça Restaurativa, com a utilização dos Círculos de Construção da Paz.

O juiz coordenador do Cejusc de Brumadinho, David Miranda Barroso, ressaltou o sucesso do evento, que alcançou "uma expressiva adesão da sociedade local, demonstrando a urgência e a relevância de espaços que promovam o fortalecimento feminino". Segundo ele, já no primeiro encontro as 16 participantes foram acolhidas em um ambiente de confiança, onde puderam se reconhecer como protagonistas de suas próprias trajetórias. Estão previstos 12 encontros, das 9 às 11h, às sextas-feiras.

O magistrado explicou que, inicialmente, o projeto foi pouco divulgado e ofertado a menos pessoas, para permitir que tudo transcorresse com tranquilidade e atenção especial para cada participante. Ele frisou que o protagonismo e o foco estão nas mulheres: "O cronograma de palestrantes incluiu apenas mulheres de referência na comunidade. Minha função é só assegurar o funcionamento e dar o apoio do Tribunal para a realização. E tivemos a alegria de ver uma repercussão positiva, e a emoção das pessoas que nos procuraram para esse ponto de partida."

De acordo com o juiz David Barroso, o projeto tem como missão criar um espaço de empoderamento, superação do medo, construção de relações saudáveis e reconstrução da autoestima, garantindo que cada mulher tenha voz e apoio para reescrever sua história. "Essa resposta significativa da comunidade demonstra a importância da atuação conjunta entre a Justiça, a sociedade e as próprias mulheres, promovendo não apenas segurança e amparo, mas também autonomia e renascimento para aquelas que buscam um novo começo", enfatizou.

Segundo a psicóloga da Defensoria Pública Brênia Oliveira Venâncio Barbosa, e a assistente de apoio do Cejusc Maria Eduarda Santos Almeida, idealizadoras do projeto, o desejo de oferecer acolhimento e fortalecimento às mulheres que enfrentam ou já enfrentaram a agressões nos seus lares e relações abusivas foi a origem da proposta. "Nosso objetivo é criar um espaço seguro, onde cada participante possa compartilhar suas vivências, receber apoio jurídico e emocional e, sobretudo, encontrar caminhos para a reconstrução de sua história", disseram.

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A primeira palestrante (centro) foi a policial civil Isabella Bonsanto ( Crédito : Divulgação / TJMG )

Comentando o grande interesse da população pela iniciativa, Maria Eduarda Almeida avaliou que o êxito superou as previsões iniciais: "Foi gratificante receber todas as inscritas e sentir a confiança e a expectativa em cada olhar. Utilizamos a justiça restaurativa com o Círculo de Construção da Paz, uma técnica que proporcionou momentos de reflexão, escuta e conexão. A energia de gratidão que circulou entre nós reforçou a importância desse projeto e nos mostrou que estamos no caminho certo."

A policial civil e palestrante Isabella Bonsanto Guimarães Souza enfatizou a necessidade da denúncia para quebrar o ciclo da violência, os canais de denúncia e a existência de um ambiente acolhedor na delegacia de polícia em que atua. "Seguimos com o compromisso de transformar vidas através do diálogo, do acolhimento e do empoderamento. Que cada encontro seja mais um passo rumo à reconstrução e ao fortalecimento de todas", afirmou.

O superintendente adjunto da Comsiv, juiz Leonardo Moreira, salientou que a ação representa importante iniciativa na proteção das vítimas, no esforço educativo da população e na conscientização quanto ao problema e na prevenção à violência doméstica.

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