O presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Gilson Soares Lemes, recebeu nesta sexta-feira (17/9) o presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, ministro Luiz Fux, e o presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins, no Palácio da Justiça Rodrigues Campos, sede histórica do Judiciário de Minas, que abriga o Museu Memória do Judiciário Mineiro (Mejud).
Eles se reuniram na Sala Rio Branco, que já foi gabinete dos presidentes do TJMG, quando o prédio ainda abrigava a sede do Tribunal. Participaram do encontro o 2º vice-presidente do TJMG, desembargador Tiago Pinto; o 3º vice-presidente, Newton Teixeira Carvalho; o corregedor-geral de Justiça, Agostinho Gomes de Azevedo; e o superintendente de Segurança Institucional e de Cerimonial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Marcos Henrique Caldeira Brant.
O presidente do TJMG entregou a medalha comemorativa dos 300 anos da Comarca do Serro ao ministro Luiz Fux. Criada em 2020, a comenda é outorgada, em sinal de reconhecimento, a todos aqueles que engrandecem o Poder Judiciário.
O presidente Gilson Lemes ressaltou a importância do encontro com os presidentes do STF e do STJ. “O conhecimento dos ministros sobre o trabalho desenvolvido em Minas Gerais veio trazer um alento, no sentido de que estamos no caminho certo e temos o amparo e o suporte dos tribunais superiores.”
O ministro Luiz Fux disse que valoriza muito as instituições que conseguem preservar sua história, e destacou o cuidado que o Tribunal de Justiça de Minas tem com o edifício que abriga a Memória do Judiciário. “Como magistrado que percorreu 40 anos na Justiça estadual, eu só tenho elogios a fazer à administração do TJMG, que consegue preservar uma relíquia como o Palácio da Justiça.”
Palácio da Justiça
Considerado um marco do estilo neoclássico mineiro, o Palácio da Justiça Rodrigues Campos completou cem anos em janeiro de 2012 — já são 109 anos de existência —, tendo sido tombado como patrimônio estadual em 1977.
O prédio, que foi construído para abrigar a Primeira Instância da Comarca de Belo Horizonte e a Segunda Instância do Judiciário, mantém grande parte de sua arquitetura original, com colunas, salas e escadarias, abrigando também muitas obras de arte.
O edifício foi projetado pelo arquiteto A. Rebechi e construído pelo engenheiro José Dantas e pelo construtor coronel Júlio Pinto entre 1909 e 1911. Em 1963, o edifício foi batizado como Palácio da Justiça Rodrigues Campos. O jurista foi desembargador e exerceu a presidência da Corte mineira por oito vezes, entre 1930 e 1939.
Memória do Judiciário Mineiro
O Palácio da Justiça abriga e faz parte do acervo da Memória do Judiciário Mineiro (Mejud). A Mejud foi criada em 1988 para colher, registrar e divulgar fatos e personalidades da vida jurídica de Minas Gerais, assim como conservar objetos e documentos representativos da história do Judiciário mineiro.
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