Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

PJe chega a varas criminais e de tóxicos de BH

Novo padrão de movimentação tem início em 9 de março


- Atualizado em Número de Visualizações:
Mulher opera computador com tela aberto no PJe
Expansão do PJe para a área criminal amplia possibilidade de atendimento do Judiciário

O andamento de ações penais com denúncia ou queixa-crime oferecida, bem como os respectivos incidentes processuais e ações conexas, nas 1ª a 5ª varas de tóxicos, organização criminosa e lavagem de bens e valores da capital e nas 1ª a 11ª varas criminais da comarca de Belo Horizonte passam a tramitar exclusivamente no Processo Judicial eletrônico (PJe), a partir do dia 9 de março de 2021.

A mudança na tramitação processual do meio físico para o eletrônico segue as orientações do Aviso Conjunto 034/2021 da Corregedoria-Geral de Justiça . 

O presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Gilson Soares Lemes, destaca que o avanço do processo eletrônico para o andamento das ações criminais representa mais um importante passo para tornar o Judiciário mineiro mais célere e eficiente.

O chefe da Corte mineira acrescenta que, ao longo do ano, haverá expansão do PJe Criminal para todas as comarcas do estado, o que facilitará o trabalho não só de magistrados, servidores e colaboradores, mas também dos operadores do Direito, que, de qualquer lugar do planeta, poderão acessar o PJe para acompanharem ou movimentarem o processo virtual.

O juiz auxiliar da Presidência e coordenador da Diretoria Executiva de Informática (Dirfor), Delvan Barcelos Júnior, reforça que, dentre as ações previstas no Programa Justiça Eficiente (Projef), a primeira delas é a implantação do Processo Judicial Eletrônico Criminal em todas as comarcas do estado.

“O presidente Gilson Soares Lemes, que elegeu o eixo da tecnologia como linha mestra de sua gestão, atento aos efeitos da pandemia da covid-19 sobre as atividades do Judiciário, notadamente a paralisação da tramitação dos processos físicos decorrente das medidas de isolamento social impostas pelas autoridades sanitárias, deflagrou, ainda como ação prevista no Projef, um projeto para a virtualização de todo o acervo de processos físicos, cíveis e criminais. Para o pleno êxito dessa empreitada, é fundamental que os processos criminais passassem a tramitar na plataforma do PJe”, afirmou.

PJe Criminal

O juiz auxiliar Delvan Barcelos Júnior esclarece que a Corregedoria-Geral de Justiça e a Dirfor, com o apoio da Escola Judicial Edésio Fernandes (Ejef) e das áreas de engenharia e compras do Tribunal, iniciaram as centenas de atividades necessárias para expandir o PJe Criminal que, atualmente, funciona apenas como um projeto-piloto na 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte.

Juiz sentado em gabinete, em mesa de trabalho
O juiz auxiliar da Presidência Delvan Barcelos ressalta que um dos focos da atual gestão é a tecnologia

A estratégia adotada foi a de expandir o sistema para as demais varas de competência criminal da capital, aí incluídas as novas varas de tóxicos, organização criminosa e lavagem de bens e valores, para, em seguida e em ciclos, implantar o PJe nas varas únicas do interior. O cronograma de implantação do sistema segue para as varas das comarcas de segunda entrância e será finalizado com a expansão nas varas das comarcas de entrância especial. 

“No segundo ciclo de expansão, o PJe Criminal será implantado nos juizados especiais criminais”, disse. O magistrado explica que, dentre as atividades previstas para a implantação do novo sistema, está a certificação digital dos novos usuários e a capacitação de forma remota, esta última não só para evitar os riscos de disseminação da covid-19 mas também, sobretudo, para dar agilidade ao processo.

A escolha do início da expansão pelas varas únicas foi motivada pelo fato de que elas já estão devidamente aparelhadas para o uso da plataforma, os usuários já atuam no PJe Cível, o que facilitará a cooperação e a atuação do Projeto Pontualidade naquelas que estão desprovidas de juiz titular, explicou.

Nova rotina de trabalho

Para os processos criminais, o PJe chegou inicialmente como projeto-piloto na 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, em de junho de 2020, idealizado pela Presidência e pela Corregedoria-Geral de Justiça.

O juiz da 2ª Vara Criminal, Haroldo André Toscano de Oliveira, comenta que “o mundo mudou muito, e novas ferramentas tecnológicas estão à disposição de todos para melhorar as relações sociais, de trabalho e a prestação de serviços. A pandemia nos empurrou em direção a este novo mundo de uma forma que não esperávamos, e uma parte das experiências que o Poder Judiciário vivenciou neste período vai permanecer, porque ampliou as possibilidades de uma eficaz prestação jurisdicional”. 

Juiz em casa, com notebook
O juiz Haroldo Toscano de Oliveira destacou o empenho de sua equipe na viabilização do projeto-piloto do PJe criminal

O magistrado acrescenta que a 2ª Vara Criminal de BH teve a honra e o desafio de receber o projeto-piloto de implementação do PJe como padrão de movimentação processual.

“A adaptação a esta nova rotina de trabalho, em meio a uma crise sanitária, envolveu uma dedicação ímpar da excelente equipe que temos, e aproveito a oportunidade para deixar em público meus agradecimentos a todos eles. Esse desafio só foi cumprido em razão da doação de tempo e trabalho que fizeram. A 2ª Vara tem orgulho de estar à frente dessa mudança que, com certeza, beneficiará todos aqueles que lidam diariamente com os sistemas de Justiça”, reforçou.

O gerente de sistemas judiciais informatizados do TJMG, Dalton Luiz Fernandes Severino, conta que, com a finalização, em 2019, da implantação do sistema PJe nas 297 comarcas, os times técnicos da Dirfor e da Secretaria de Suporte ao Planejamento e à Gestão da Primeira Instância (Seplan) iniciaram os estudos e a preparação da modalidade criminal.

Servidor, de pé, fala ao microfone, tendo banner do PJe ao fundo
Segundo o gerente Dalton Severino, mais de 4,2 milhões de feitos já foram distribuídos pelo PJe

"Houve mudanças inclusive da infraestrutura de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) necessária, que teve sua arquitetura modificada pelo Conselho Nacional de Justiça", explica. Depois disso, foi iniciado o projeto-piloto, cujo objetivo era testar, na prática, o funcionamento do sistema quanto a fluxos e funcionalidades,

"A ideia era levantar as inconformidades, novas necessidades, interoperabilidades e as adequações capazes de permitirem a correta tramitação dos processos criminais. Também elaboramos materiais didáticos para a capacitação dos usuários, nos diversos perfis de acesso. Paralelamente, fomos desenvolvendo novas implementações, em parceria com o CNJ", disse. 

De acordo com Dalton Severino, a capacitação dos usuários das demais varas criminais da capital já começa em 22 de fevereiro. O cronograma vigente projeta a conclusão das implantações em 28 de setembro.    

Números

Números atualizados do PJe no TJMG, em 7 de fevereiro, apontam que já foram distribuídos 4.244.015 processos (incluindo os digitalizados). São 1.105 órgãos julgadores, com 295.667 usuários do sistema e 145.702.775 documentos armazenados.

Na turma recursal dos juizados especiais, são 50.436 processos distribuídos, com 321 órgãos julgadores e 47 colegiados. São 59.645 usuários, com 2.384.905 documentos armazenados.

No projeto-piloto do PJe Criminal, na 2ª Vara Criminal de BH, foram distribuídos 319 processos.

Suporte

Para os usuários com dúvidas sobre o acesso ao sistema o TJMG tem uma Central de Serviços para acesso via internet.  As dúvidas podem ser sanadas, também, pelos telefones: 4020-7560 (BH e região metropolitana) ou 0800 276 7060 (demais localidades).

Saiba mais na página do PJe no Portal TJMG.

Assessoria de Comunicação Institucional – Ascom

Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG
(31) 3306-3920
imprensa@tjmg.jus.br
facebook.com/TJMGoficial/
twitter.com/tjmgoficial
flickr.com/tjmg_oficial