Uma solenidade na manhã desta segunda-feira, 14 de agosto, marcou o início do 12º Curso de Formação para Juízes de Direito Substitutos, realizado pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Os participantes, 22 novos juízes, iniciaram, no âmbito do Tribunal de Justiça, uma série de atividades, teóricas e práticas, para se preparar para assumir varas e unidades jurisdicionais em todo o estado. A capacitação dessa turma, a terceira e última do concurso vigente, estende-se até 27 de novembro de 2017.
A saudação àqueles que foram denominados “os novos colegas magistrados” foi feita pelo presidente do TJMG, desembargador Herbert Carneiro. O presidente destacou que o momento era motivo de satisfação não somente para os empossados, mas para a direção do Tribunal mineiro, sobretudo porque se tratava do cumprimento de um compromisso assumido, mesmo diante das grandes dificuldades de ordem econômica e orçamentária enfrentadas neste momento.
Em sua fala, entre outros pontos, o presidente destacou que o curso promovido pela Ejef é diferenciado por focar em exemplos práticos, o que vai refletir diretamente na rotina de trabalhos dos novos magistrados. O presidente frisou que o diálogo e a transparência para o enfrentamento dos novos desafios será fundamental para o pleno êxito de todos os integrantes da magistratura mineira.
Coragem e determinação
O 2º vice-presidente do TJMG e superintendente da Ejef, desembargador Wagner Wilson, disse esperar que os novos juízes sigam a magistratura com coragem e determinação e que procurem, sempre que possível, fazer a diferença por onde atuarem, aplicando a justiça com sabedoria e prudência. “A magistratura exige criatividade e um aprendizado permanente, construído na vivência diária nos fóruns, nas salas de audiência e na solidão dos gabinetes. Por detrás de cada processo que nos chega existe uma história, muitas vezes escrita com muito sofrimento, e que deve ser tratada com respeito, independente de qual será nossa decisão”, observou.
Além do aprimoramento técnico-profissional por meio do curso que a Escola lhes preparou, o superintendente da Ejef ressaltou a importância do constante desenvolvimento de um olhar humano, capaz de transformar vidas, pacificar conflitos e enxergar no outro possibilidades. “Lembrem-se: há muito trabalho esperando por vocês nas comarcas que assumirão daqui a alguns meses. Possam as decisões tomadas pelos colegas, no exercício da magistratura, sempre que possível, trazer alento, segurança, aprendizado e justiça para os envolvidos”, finalizou.
O corregedor-geral de Justiça, desembargador André Leite Praça, ressaltou que o momento é de alegria para todos, inclusive, para o TJMG que vai conseguir recompor cargos que estão em aberto. Segundo o magistrado, ganha a sociedade que espera por um Judiciário célere.
Presente à solenidade, o presidente do Conselho dos Tribunais de Justiça do Brasil, desembargador Pedro Bitencourt Marcondes reforçou que o curso é diferenciado e propicia a todos o enfoque voltado para o exercício da judicatura.
Programação
Ao longo dos próximos meses, a programação inclui atividades em diferentes eixos temáticos: liderança e relações institucionais e gerenciamento de riscos e crises; ética e deontologia da magistratura; filosofia do direito e sociologia jurídica; métodos consensuais de resolução de conflitos e psicologia jurídica; hermenêutica e argumentação jurídica; técnica dos atos judiciais, elaboração de decisões e sentenças e realização de audiências; administração da atividade judiciária; impacto social, econômico e ambiental das decisões judiciais; administração da atividade judiciária; e direito eleitoral.
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