
Fórum de Monte Carmelo: participação de colaboradores em oficina promovida pela Ejef foi motivadora
Quem trabalha com ensino e gosta do que faz não conhece alegria maior que ouvir, de um ex-aluno, que o aprendizado fez diferença e frutificou. A julgar pelo testemunho da Comarca de Monte Carmelo, no Alto Paranaíba, a Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) pode festejar o resultado de suas ações educacionais em 2019.
Segundo a juíza da 1ª Vara Cível, Criminal e da Infância e Juventude, Tainá Silveira Cruvinel, a participação na Oficina Jurídica e Gerencial, ministrada pelos juízes Carlos Márcio de Souza Macedo e Robert Lopes de Almeida, em Uberaba, impulsionou o trabalho, motivou os colaboradores e transformou o cenário.
“Graças à intensa dedicação da equipe e ao aprendizado na capacitação, de janeiro de 2015 até a primeira quinzena de dezembro de 2019, foram baixados 17 mil processos. O número foi superior à distribuição no período, de cerca de 15,5 mil processos. Os ensinamentos colhidos permitiram traçar estratégias gerenciais para a unidade, que, em seis meses, conseguiu baixar mais de 4 mil processos”, conta.
A juíza acrescenta que ficou patente, em toda a equipe, a gratidão pelas ferramentas oferecidas na capacitação e a admiração pela eficácia desse instrumental. “Vendo o quanto avançamos, só posso agradecer, em nome do grupo, à superintendente da Ejef, desembargadora Áurea Brasil, por disponibilizar a oficina gerencial para o interior do Estado”, enfatizou.
Simplicidade e aperfeiçoamento
A assessora judicial Polyana Pacelly de Souza Borges confirma que a formação foi transformadora. “A experiência resgatou sentimentos de esperança, união, cooperação e satisfação no exercício profissional, além de direcionar os servidores para um rendimento maior, com o menor esforço”, destacou.
Segundo a assessora, foi possível vislumbrar caminhos para melhorar índices de qualidade e quantidade. Os estudantes “tiveram espaço para propor ideias novas e soluções adequadas, dentro da competência de cada um, com a diminuição das etapas para conclusão das tarefas, de modo a proporcionar melhor ambiente de trabalho”.
De acordo com a juíza, o fato de alcançar resultado já na volta da primeira edição da capacitação renovou a autoestima, a motivação, a esperança, o empenho e a coesão da equipe, tornando as rotinas na secretaria e no gabinete mais agradáveis e produtivas.
“Por causa disso, em novembro, grande parte da equipe e eu participamos da segunda Oficina Jurídica e Gerencial, em Uberlândia, para traçar planos para 2020. O auxílio dos juízes Carlos Macedo e Robert Lopes de Almeida e do escrivão Ricardo Patrick de Oliveira foi precioso e permitiu à equipe identificar com maior eficiência e presteza possíveis processos em condição de baixa”, ressaltou.
Força na coletividade
Fazendo um retrospecto, a magistrada lembra que, além da redução do acervo, o Judiciário local foi homenageado pela contribuição na redução dos crimes violentos na cidade, com destaque para aqueles envolvendo adolescentes. “Esse dado positivo deve-se ao engajamento dos servidores com a prestação jurisdicional de excelência e ao nosso trabalho conjunto com entidades parceiras e a sociedade”, pontuou.
O êxito deu origem a um grande evento no Centro Universitário Mário Palmério (Unifucamp), com a participação do prefeito, de secretários e gestores municipais, vereadores, representantes das polícias Militar e Civil, MPMG, OAB/MG, Conselho Tutelar, do sistema de medidas socioeducativas em meio aberto, assistentes sociais, estudantes e comunidade escolar.
No evento, em outubro, o major Marcos Vinícius, apresentou dados estatísticos da comarca de janeiro a outubro e comparou os resultados dos últimos três anos. “Os atos infracionais despencaram, diminuindo em quase 80%, e os crimes violentos registraram uma queda de 67%. Um dos crimes drasticamente reduzido foi o de roubo consumado: de 247, em 2016, para 76, em 2019, o que corresponde a 70% a menos”, comenta.
Desafios
Embora comemore os resultados positivos, a juíza Tainá Cruvinel avalia que o número de processos e a escassez de recursos humanos para lidar com essa demanda crescente tornam o desafio do Poder Judiciário ainda maior e exigem soluções inovadoras.
“Investir em bons cursos e trabalhar a autoestima da equipe faz toda a diferença para mudar a realidade das unidades jurisdicionais com acervo elevado. Servidores valorizados e bem treinados desenvolvem autoestima sustentável e saúde emocional, tornando-se mais produtivos”, diz.
Para a magistrada, o bem-estar da equipe está diretamente atrelado à melhoria da prestação jurisdicional. “O escritor Augusto Cury, na obra O Homem Mais Inteligente da História, escreve que quem tem baixa autoestima é intolerante a frustrações e apresenta dificuldade em se reinventar. É importante investir na valorização do recurso mais precioso, os servidores e magistrados, seres humanos que tornam a Justiça efetiva”, declara.
Segundo a juíza, “a gestão desenvolvida pelo presidente do TJMG, Nelson Missias de Morais, com o lema 'Juntos somos o TJ', nos proporciona essa sensação de valorização, demonstrando a relevância de um bom líder, com notável capacidade de ser forte e humano, ao mesmo tempo”.
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