A comunidade do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e o público externo se reuniram, em 4/12, para uma celebração centrada no Natal e na figura da Virgem Maria, concebida sem pecado original. Na última missa de 2024, presidida pelo padre Sérgio Ladeira, os fiéis meditaram sobre a ação salvadora de Deus, agradeceram pelas graças recebidas e desafios superados e pediram novamente, para o próximo ano, a proteção da Imaculada Conceição.
Na Procissão de Entrada, uma imagem do Menino Jesus, trazida pelo sacerdote, evocou a humildade do Filho de Deus, que se fez criança para trazer a luz aos homens. A Primeira Leitura, retirada do primeiro livro da Bíblia, o Gênesis, narrou o diálogo entre Deus e Adão e Eva, após a sedução pela serpente e a queda. O texto foi lido pelo desembargador Peixoto Henriques.
No Salmo 97, entoado pela cantora Saray Lacerda em alternância com a assembleia, todas as nações são chamadas a reconhecer a majestade do Senhor e cantar seus louvores: “Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!”
A Segunda Leitura, da Carta de São Paulo aos Efésios, coube ao desembargador Roberto Apolinário de Castro. A epístola bendiz a Deus Pai e afirma que, pela encarnação de seu Filho, Jesus, todos os homens participam da filiação divina: “Em Cristo, Ele nos escolheu, antes da fundação do mundo, para que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor”.
O padre Sérgio Ladeira proclamou o Evangelho, que descreve a anunciação do arcanjo Gabriel à Santíssima Virgem, e a resposta dela. A jovem aceita se tornar a mãe do Messias esperado pelo povo de Israel, o Emanuel. “Vemos aqui a entrada do divino na realidade humana: Maria, uma jovem com sonhos e expectativas em relação ao casamento, é chamada a acolher os incríveis planos de Deus. Ela abre seu coração e com isso se torna um modelo para nós. Nela, se realiza o impossível, porque Deus não está sujeito a limitações, nem ao tempo nem ao espaço”, disse.
Segundo o padre, a humildade da Imaculada permite que o Verbo se torne carne, atitude que espelha a humildade do próprio Deus. “Este é o conceito teológico de kenosis, que quer dizer ‘esvaziamento’. O ‘sim’ da Virgem Maria é uma entrega total, uma disponibilidade absoluta para fazer a vontade de Deus”, afirmou. O padre também desejou a todos um “feliz e abençoado Natal” e um "bom Ano Novo, cheio de amor, esperança e paz".
As preces da comunidade foram lidas pelo desembargador Raimundo Messias Júnior, e incluíram orações pela igreja, pelos pobres, doentes e sofredores, por vítimas das guerras, das drogas e da violência, pelas grávidas e pelos familiares e amigos de magistrados, assessores, servidores, colaboradores e estagiários.
O momento de fé e gratidão se concluiu com o clássico natalino “Noite Feliz”, de Franz Xaver Gruber, após a leitura de uma mensagem de Natal pelo juiz convocado Marcelo da Cruz Trigueiro e a bênção final. Os cantos e acompanhamento ao violão ficaram sob a responsabilidade de Saray Lacerda.
As missas mensais no Tribunal de Justiça mineiro serão retomadas em fevereiro.
Veja mais fotos da celebração no Flickr do TJMG.
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