A Missa de Graça e Louvor realizada nesta quarta-feira (3/4) no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) celebrou a Ressurreição de Jesus, comemorada no mundo inteiro pelos cristãos no período da Páscoa. Presidida pelo padre Sérgio Ladeira, responsável pela Paróquia Santa Rita de Cássia, a celebração ressaltou a necessidade de seguirmos o exemplo de compromisso e de doação extrema de Cristo.
A Primeira Leitura, dos Atos dos Apóstolos, foi feita pela estagiária Luiza Oliveira Zappala. O trecho narra uma das primeiras pregações de Pedro, após a Ressurreição de Jesus, em Jerusalém. O apóstolo anuncia que o homem que havia sido crucificado de forma atroz e humilhante é o Filho de Deus, que morreu para a salvação de todos e foi ressuscitado de entre os mortos.
O Salmo 117 (118), cantado por Saray Lacerda, é uma ação de graças pelas alegrias e façanhas que o povo experimenta pela intervenção poderosa de Deus nos acontecimentos: “Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! Eterna é a sua misericórdia! A pedra que os pedreiros rejeitaram tornou-se agora a pedra angular; pelo Senhor é que foi feito tudo isso! Que maravilhas ele fez a nossos olhos!”
A Segunda Leitura, proferida pelo ex-presidente do TJMG desembargador Geraldo Augusto, foi tirada da Carta de Paulo aos Colossenses. Nela, o Apóstolo dos Gentios convida os cristãos a buscar as coisas do alto e as realidades celestes, não as terrestres, pois a verdadeira vida está escondida com Cristo, em Deus.
A sequência pascal, própria do Domingo da Ressurreição, também foi cantada. O texto, que se originou no século XI, conclama os fiéis a exaltar a vitória de Cristo sobre a morte, triunfo que Maria Madalena é uma das primeiras a constatar. Como prêmio pela fidelidade no seguimento de Jesus, essa discípula é honrada com uma aparição de Jesus Ressuscitado e recebe a missão de anunciar a boa nova aos demais.
O trecho do Evangelho de João proclamado pelo padre Sérgio Ladeira recupera a ida de Madalena ao túmulo, de manhã cedo, e sua surpresa ao encontrá-lo vazio. Ela corre para avisar os apóstolos Pedro e João. Os dois discípulos ficam perplexos, mas, de forma intuitiva e amorosa, João vislumbra, na ausência do corpo, a prova da ressurreição.
Na homilia, o sacerdote lembrou o percurso litúrgico do chamado Tríduo Pascal, que passa pela última ceia e o ato de lavar os pés dos discípulos, na quinta-feira; pela morte violenta de um Deus feito homem na cruz, que passa a ser sinal de salvação, na sexta-feira; e se conclui no sábado santo, em cuja madrugada se verifica a Ressurreição.
Segundo o padre Sérgio Ladeira, Cristo oferece, por meio do seu sacrifício, a maior prova de amor e fidelidade, pois, sendo inocente e santíssimo, entrega sua vida para resgatar os pecadores. “A partir da Ressurreição, Jesus caminha conosco, nos acompanha até o fim dos tempos. Por isso, não devemos desanimar diante das dificuldades e desafios, mas conservar a fé e a confiança. O Ressuscitado seja a nossa força! Tudo passa, mas Deus permanece”, concluiu.
As preces foram feitas pelo desembargador José Luiz de Moura Faleiros, supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e das Medidas Socioeducativas (GMF), e incluíram pedidos pela Igreja, pelas famílias, pelo fim das guerras, do ódio e das divisões, pela saúde de magistrados e servidores, pelos doentes, solitários e idosos.
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