Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Limitações da IA na interpretação do Direito são discutidas no TJMG

Tema foi discutido durante congresso, que também teve palestra sobre soluções tecnológicas para o Judiciário


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A desembargadora do TJMG Luzia Divina de Paula Peixoto presidiu painel sobre novas soluções tecnológicas que podem ser utilizadas no Judiciário (Crédito: Juarez Rodrigues/TJMG)

O último dia do Congresso "Tecnologia, Inteligência Artificial e Inovação no Poder Judiciário", realizado pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), teve debates sobre o que as novas tecnologias têm a oferecer ao Poder Judiciário e até que ponto a Inteligência Artificial (IA) pode ser utilizada para interpretar o Direito.

Presidido pela desembargadora do TJMG Luzia Divina de Paula Peixoto, o painel nº 9 abordou o tema  "Soluções tecnológicas a serviço do Judiciário: o que o mercado tem a oferecer?". Ministraram palestras o diretor de Soluções da startup Xértica, Alfredo Deak Junior; o executivo de Contas Governamentais da Microsoft no Brasil, Carlos Augusto Marques; e o presidente da IBM no Brasil, Marcelo Braga.

Os três palestrantes apresentaram as mais recentes iniciativas desenvolvidas em suas empresas e que podem ser utilizadas no Judiciário. Entre as tecnologias demonstradas, estão ferramentas que auxiliam na análise de depoimentos, identificando pontos convergentes e divergentes; e sistemas que analisam documentos judiciais para encontrar e tornar anônimos dados pessoais.

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O professor da UERJ Marco Aurélio Marrafon abordou o uso da IA no Direito, sob a ótica da Filosofia (Crédito: Juarez Rodrigues/TJMG)

Na sequência, no painel nº 10, o tema foi "Limites da Interpretação do Direito pela IA: uma leitura à luz da hermenêutica filosófica". A mesa foi presidida pelo 2º vice-presidente do TJMG e superintendente da Ejef, desembargador Saulo Versiani Penna, e teve como palestrante o professor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Marco Aurélio Marrafon.

O docente trouxe reflexões sobre como a IA, apesar de bastante avançada, ainda não é capaz de substituir totalmente os processos de entendimento e construção de sentido da mente humana.  "A questão principal das IAs é que, pela primeira vez na história da humanidade, estamos abdicando de algo muito importante, que é o pensar. Numa audiência, por exemplo, uma coisa é o juiz ter presenciado a audiência e entender a intencionalidade; e outra é ter contato apenas com os autos, ou a IA ouvir a audiência e traduzi-la em um relatório."

Assista à íntegra das palestras no canal oficial da Ejef no YouTube.

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