O Judiciário se mobiliza, de 8 a 13 de março, para mais uma edição da Semana Justiça pela Paz em Casa, a primeira deste ano. No período, os tribunais de todo o Brasil concentram esforços para priorizar o julgamento de casos de violência familiar contra a mulher.

Para marcar a mobilização nacional, a Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) organizou uma programação que visa a levar reflexão e conscientização sobre o tema para a sociedade.

Os trabalhos começam no domingo, 8 de março, celebrado em todo o mundo como o Dia Internacional da Mulher. Na data, está prevista a intervenção teatral do grupo Todo Cultura, na Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, das 10h às 12h.

Já na segunda-feira (9/3), às 15h, a antropóloga Angelina Parreira irá proferir uma palestra para funcionários de uma obra no Bairro União. No mesmo dia, às 7h, a psicóloga Mariana Viegas irá falar sobre o tema também para trabalhadores da construção civil, no Bairro Sion.

O grupo Todo Cultura fará novamente sua intervenção teatral, dessa vez na estação central da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), na terça (10/3), das 9h às 11h, e na quinta (12/3), das 14h às 16h.

A programação se encerra na sexta-feira (13/3), com palestra da juíza Maria Aparecida Consentino em um canteiro de obras no Bairro Savassi, das 12h30 às 13h30. A magistrada é titular do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Belo Horizonte.

Exposição Mulheres Artistas

Como parte integrante da Semana Justiça pela Paz em Casa, a Galeria de Arte do Fórum Lafayette (Avenida Augusto de Lima, 1.549, Barro Preto,) na capital, irá apresentar a exposição "Mulheres Artistas: Feminino Plural". A exposição acontece de 8h às 18h, em dias úteis. 

Ouça o podcast com o áudio da superrintendente da Comsiv sobre o assunto:

Empenho nacional

Iniciada em março de 2015, a campanha Justiça pela Paz em Casa conta com três edições anuais. As semanas ocorrem em março, marcando o Dia da Internacional da Mulher; em agosto, por ocasião do aniversário de sanção da Lei Maria da Penha; e em novembro, quando a ONU estabeleceu o dia 25 como o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher.

O empenho nacional para julgar casos de violência doméstica contra as mulheres foi idealizado pela ministra Cármen Lúcia, quando ela presidia o CNJ, e hoje faz parte da Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres.

Por meio da iniciativa, também são promovidas ações interdisciplinares que objetivam dar visibilidade ao assunto e sensibilizar a sociedade para a realidade violenta que muitas mulheres brasileiras enfrentam.