“Quem viola a lei tem de pagar por isso, mas a esperança nunca deve acabar.” Eis algumas palavras proferidas pelo papa Francisco na missa do Jubileu dos Reclusos, no Vaticano, com a presença de presos e ex-detidos de 12 países. Concomitantemente à celebração, realizada no domingo, 6 de novembro, a Catedral Metropolitana de Juiz de Fora abriu as portas para 40 sentenciados de várias unidades prisionais da cidade. A celebração integra o Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Para a Igreja Católica, jubileu ou ano santo é um período designado para a remissão de pecados com base em prescrições presentes no Antigo Testamento.
O juiz da Vara de Execução Penal (VEP) da Comarca de Juiz de Fora, Evaldo Elias Penna Gavazza, considera necessária a participação de presos em eventos religiosos, uma vez que isso permite a “difusão de valores elevados da sociedade e fomenta o ideal de que todo erro pode ser reparado”. Além disso, a retomada da convivência social pacífica é anseio comum, afirma.
A missa, presidida pelo vigário monsenhor Luiz Carlos de Paula, contou com a participação de diretores das unidades prisionais, agentes da pastoral carcerária e integrantes eclesiásticos. Após a celebração, houve uma confraternização no salão paroquial para os presos e seus familiares, que almoçaram juntos.
Eles cumprem pena no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), nas Penitenciárias Professor Ariosvaldo de Campos Pires (PPACP) e José Edson Cavalieri (PJEC) e na Casa do Albergado José de Alencar Rogêdo (Cajar), em Juiz de Fora. Os presos, entre eles cinco mulheres, foram escolhidos por apresentarem bom comportamento e professarem a fé católica, segundo o magistrado.
O juiz Evaldo Gavazza diz acreditar que a formação religiosa tem papel fundamental na reabilitação dos reclusos, porque ela, aliada com o estudo e o trabalho, “reforça os laços de solidariedade da sociedade e fortalece a esperança de que o erro cometido será superado”.
O Jubileu Extraordinário de Misericórdia, na esfera carcerária de Juiz de Fora, foi além da missa. Durante a semana, padres, diáconos e seminaristas difundiram a doutrina católica e apresentaram nas unidades prisionais valores essenciais do cristianismo, como “a misericórdia, o perdão, a possibilidade de reconstrução da vida em convivência pacífica independentemente do erro cometido”, explicou o juiz. Os sentenciados puderam se confessar e muitos receberam os sacramentos.
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