A Gerência de Saúde no Trabalho (Gersat) do Tribunal e Justiça de Minas Gerais (TJMG) se somou aos esforços para combater o surto de febre amarela que acometeu o leste de Minas. Desde que foi dado o alerta do aumento dos casos da doença no estado, a gerência vem informando os polos de saúde do Tribunal mineiro sobre a situação epidemiológica da doença, o diagnóstico de novos casos e as medidas de prevenção, entre as quais se destaca a vacinação.
“Passamos a monitorar as Comarcas de Governador Valadares, Teófilo Otoni, Coronel Fabriciano e Caratinga, onde ocorreram casos. Estamos em contato permanente com a Secretaria Estadual de Saúde e tivemos a garantia de que a distribuição de doses nessas regiões aumentou, de maneira a atender a toda a população”, conta Catarina Mafra, gerente em substituição da Gerência de Saúde no Trabalho (Gersat) do TJMG.
“É importante as pessoas não entrarem em pânico, porque há vacina para todos. Mas alguns cuidados são necessários: verificar, no cartão de vacinação, se a imunização contra a doença está em dia e também ficar atento ao combate ao mosquito Aedes aegytpti”, observa a servidora.
A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por mosquitos, tanto em áreas urbanas como silvestres. Em áreas florestais, os principais vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes; no meio urbano, o Aedes aegypti é o vetor que transmite essa doença.
Os casos de febre amarela identificados até agora são do tipo silvestre. “Mas, caso alguma pessoa infectada viaje para a capital e seja picada pelo Aedes aegytpti, esse mosquito pode passar a transmitir a doença na área urbana”, explica a gerente em exercício da Gersat. Por isso, reitera a servidora, eliminar os criatórios dessa espécie de mosquito é fundamental.
Comarca de Caratinga
Por iniciativa do diretor do foro, juiz Consuelo Silveira Neto, a Comarca de Caratinga recebeu na última sexta-feira, dia 20, três enfermeiros, cedidos pelo posto de saúde do município, que estiveram no fórum de meio-dia às 13h para vacinar servidores e terceirizados que ainda não estavam protegidos contra a febre amarela. Cerca de 35 pessoas foram vacinadas.
No município, o posto de saúde imunizou a população nas últimas duas semanas, incluindo sábados e domingos, quando profissionais de saúde trabalharam em um esquema de mutirão.
Sintomas, transmissão e vacinação
Transmitida pela picada dos mosquitos transmissores infectados, a febre amarela só pode ser evitada por meio de vacinação contra a doença. A vacina pode ser aplicada a partir dos 9 meses de vida e assegura 95% de imunização. A proteção dura dez anos e, após duas doses, as pessoas são consideradas imunizadas contra a doença.
Crianças até 5 anos devem tomar a primeira dose da vacina aos 9 meses de vida, e a segunda aos 4 anos. Dos 5 a 59 anos, o esquema de vacinação é o seguinte: quem nunca se vacinou, deve tomar a primeira dose e agendar outra para daqui a 10 anos; quem só tomou uma dose, deve tomar a segunda o mais rápido possível, respeitando o intervalo mínimo de 30 dias entre as vacinações.
A vacina é contraindicada a gestantes, mulheres que estão amamentando crianças até 06 meses, maiores de 60 anos, pessoas com o sistema imunológico debilitado e indivíduos alérgicos a gema de ovo. Contudo, nas áreas onde está acontecendo o surto, deve-se avaliar a relação custo/benefício de tomar a vacina.
São sintomas da doença: febre, dor de cabeça, náusea, vômito, dor no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragia (de gengiva, nariz, estômago, intestino e urina).
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