“O passado não reconhece o seu lugar: ele está sempre presente.” Citando Mário Quintana, o juiz diretor do foro de Juiz de Fora, Paulo Tristão Machado Júnior, reavivou, por meio de fotografias estampadas nas paredes do salão do Tribunal do Júri do Fórum Benjamin Colucci, a memória da comunidade quanto à contribuição de 116 magistrados que construíram e participaram da história de Juiz de Fora.

Em reconhecimento a esses ex-juízes e desembargadores que se dedicaram à Justiça na comarca, foi inaugurada, no dia 17 de agosto, a Galeria de Fotografias reunindo mais de 100 anos de trajetórias jurídicas.
Durante a inauguração, o juiz Paulo Tristão destacou o “incansável trabalho de homens e mulheres que se dispuseram a fazer justiça em Juiz de Fora, aos que nasceram nesta terra ou foram por ela adotados ao receberem a cidadania honorária ou a comenda Henrique Halfeld, tornando-se juiz-foranos de alma e coração, elevando o nome da comarca no âmbito estadual”.

Para o diretor do foro, cada um dos homenageados construiu e participou de muitas histórias, “não apenas em suas vidas, mas principalmente nas vidas de milhares de jurisdicionados que buscaram, em seus conhecimentos do Direito e em suas experiências, as fontes seguras para saciarem as necessidades de justiça”.
Homenageados
O desembargador Audebert Delage, um dos oradores do evento, falou, em nome dos desembargadores “filhos” de Juiz de Fora, do tradicional costume dos povos e das instituições de assinalar “com indeléveis marcos suas grandes datas, suas grandes efemérides”.

Ao contemplar as fotografias da galeria, o magistrado tomou de empréstimo as palavras do jurista e membro da Academia Brasileira de Letras, Evaristo de Moraes Filho para discorrer sobre a contemporaneidade e o significado da caminhada, lado a lado, com uns e não com outros.
Segundo o advogado, professor e escritor carioca, o drama humano se passa entre contemporâneos, num presente que, nem bem o percebemos, como num instantâneo fotográfico, já vai virando passado, na expectativa de um futuro que se anuncia.
“Ser contemporâneo, afinal de contas, é encontrar-se com outros no mesmo momento da história, quaisquer que sejam as idades, as fortunas e os talentos.” Ao mencionar Evaristo Moraes, Delage falou sobre o privilégio de ser contemporâneo dos colegas de magistratura presentes na comemoração.

O desembargador Alberto Aloízio Pacheco de Andrade, falando em nome dos familiares dos ex-juízes, discursou sobre a perenidade que a cerimônia representa. “Essa cerimônia de certa forma resgata o passado remoto e recente em relação à passagem dos magistrados que souberam dignificar e honrar o compromisso que fizeram ao assumir o honroso cargo de juiz de direito”, concluiu.
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