Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Filme Foro Íntimo é exibido no local de gravação: Fórum Lafayette

Prédio se tornou protagonista para boa parte do público; audiência comentou sobre sua percepção


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O nascer do sol passando pelas linhas retas de um prédio. Um homem vai até uma varanda ver o sol e, de repente, sente o contato do cano de uma arma de fogo na sua cabeça. O estampido ecoa e a luz do disparo se funde com o sol. O homem acorda assustado desse pesadelo que perpassa vários dias da sua vida. Ele se levanta, dobra seu lençol e o guarda em um armário de metal. Quando se vira, tem um homem armado em sua frente, mas esse é seu segurança, um policial que o acompanha onde quer que ele vá, o que se restringe às dependências do fórum, sua moradia atual. Essas são as primeiras cenas do filme Foro Íntimo, que foi exibido em 20 de julho no Fórum Lafayette, cenário para gravação integral do longa-metragem de 1h14 minutos.

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O salão do júri do Fórum Lafayette virou uma verdadeira sala de cinema, com direito a pipoca e refrigerante e lanterninhas para acompanhar o público, no caso de haver necessidade durante as entradas e saídas que porventura ocorressem. Veja mais fotos no Flickr.

 

Para a servidora da Vara Infracional da Infância e da Juventude, Maria José Batista de Alcino, o que chamou sua atenção no filme foi a “a vida tensa de um juiz”. Inspirada em fatos reais, a obra retrata a vida de um juiz criminal, o doutor Teixeira (Gustavo Werneck), que, ameaçado de morte e sob forte esquema de segurança, é forçado a viver longe de sua família, em seu próprio gabinete, dentro do fórum onde trabalha. A servidora diz que não imaginava que existissem juízes que passassem por situação tão drástica. E refletiu sobre sossego. “Esse, dinheiro nenhum paga.”

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Para a outra assistente social, Aparecida Maria Batista de Alcino, “o filme mostra como o lado humano grita por justiça, junto com o profissional”. Outro ponto destacado na obra foi a demonstração do modo como a tensão sistemática afeta o psicológico das pessoas, levando-as a adoecer.

 

O personagem Fórum Lafayette

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O diretor do foro Marcelo Fioravante afirmou que a exibição do filme no local de sua gravação assinala “um momento singular da atividade forense” e disse que, para além da narrativa principal, a criação artística também apresenta um olhar mais sensível sobre o fórum. Ambiente este que se tornou o personagem principal para quem ali trabalha. De acordo com o ex-diretor do foro, juiz Cássio Fontenelle, as imagens do edifício comovem. “O filme, de uma certa forma, vai eternizar este espaço. Nós que trabalhamos aqui ficamos observando o ambiente visto sob outra ótica”, comentou.

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O ator Gustavo Werneck disse que queria ver como as pessoas que trabalham no fórum receberiam o filme. “Achei legal. As pessoas ficaram muito atentas, acho que observando o local onde trabalham. Às vezes, ficavam tensas pela própria história do filme. Foi uma oportunidade interessante e a sessão foi bem prestigiada”, relatou.

 

O diretor do longa, Ricardo Mehedff, agradeceu às diversas pessoas que proporcionaram a execução do filme, desde sua equipe até os envolvidos do Fórum Lafayette, como técnicos, seguranças, servidores e magistrados, em especial aos dois diretores do foro no período em que o filme foi rodado, realizado e exibido, e os juízes Átila de Castro, Guilherme Sadi, Maurício Ferreira e Ronaldo Vasques, com quem a equipe teve longas conversas para uma melhor compreensão sobre o trabalho forense. No gabinete do magistrado citado é que boa parte do filme foi rodada. O diretor concluiu, pensando naquele que foi o personagem principal para tanta gente. “O filme só foi possível por causa deste lugar aqui hoje.”

 

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