Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Estudo mostra motivos de absenteísmo por problemas de saúde no TJMG

Exame médico periódico, avaliações ergonômicas, programas de qualidade de vida no trabalho e acompanhamento psicossocial podem prevenir o adoecimento


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Absenteísmo é um termo usado para designar as ausências dos funcionários no trabalho. Para analisar como se dá o absenteísmo por doença no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a Gerência de Saúde no Trabalho (Gersat) tem estudado ano a ano as principais razões desse problema, como uma forma de entendê-lo e minimizá-lo.

 

Segundo estudiosos, o absenteísmo-doença é consequência do estado de saúde das populações, relacionado a fatores genéticos e hereditários, raciais, culturais, biológicos, ao acesso a serviços de saúde, ao contexto social e às condições de trabalho.

 

A Gersat oferece instrumentos para prevenir o adoecimento, como exame médico periódico, avaliações ergonômicas, programas de qualidade de vida no trabalho, campanhas educativas e acompanhamento psicossocial. Segundo Ciwannyr Assumpção, médica do trabalho do TJMG, “saúde e trabalho são interdependentes, o olhar deve ser ampliado para as condições e as formas de organização do trabalho. A construção de um ambiente seguro e saudável é responsabilidade de várias áreas”.

 

A qualidade de vida no ambiente de trabalho é um dos temas do Plano de Logística Sustentável (PLS) do TJMG. Por meio dos programas de promoção da saúde, o Tribunal busca prevenir o adoecimento de seus colaboradores.

 

A análise da Gersat mostra que o número total de dias de licença no TJMG se mantém estável há quatro anos, apesar de um número maior de servidores se afastarem para tratamento de saúde. Segundo o relatório da Gersat, “os principais motivos de afastamento – transtornos mentais e doenças do sistema osteomuscular – também não se alteraram, e os indicadores se mostram piores entre servidores quando comparados aos magistrados”.

 

Produtividade afetada

 

Em quase uma década, os dias perdidos de trabalho no TJMG, entre magistrados e servidores, aumentou significativamente. Em 2007, somaram 102 mil, número que foi crescendo gradativamente até atingir a marca de quase 150 mil, em 2012, e se mantém estável desde então.

 

Quanto às licenças de magistrados, 53,3% são de curta duração, até 3 dias; 30,3%, de média duração, de 4 a 15 dias; e 16,4% são de longa duração, acima de 15 dias. No caso dos servidores, as licenças de curta duração representam 64,3%; as de média duração, 20,2%; e as de longa duração, 15,5%.

 

A Gersat leva em consideração, como um dos possíveis fatores que podem contribuir para o adoecimento dos trabalhadores, além de aspectos individuais e sociais, os dados presentes no Relatório Anual de Movimentação Processual de 2015 do TJMG: “Observa-se que, apesar de todos os esforços empreendidos para melhoria da prestação jurisdicional, o aumento da capacidade de julgamento, verificado ao longo dos anos, não tem sido suficiente para atender à demanda, também crescente, havendo um maior acúmulo de feitos em seu acervo, aumentando a carga de trabalho das secretarias de juízo”.

 

Transtornos mentais e osteomusculares

 

Os transtornos mentais são o principal motivo de incapacidade temporária e permanente em vários órgãos públicos e também na iniciativa privada. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença mental não é exclusiva de determinados grupos ou de regiões mais ricas e industrializadas. Estima-se que 25% dos indivíduos terão pelo menos uma ou mais desordens mentais em algum momento da vida.

 

No TJMG, considerando-se o total de dias de licença, os principais diagnósticos encontrados são os transtornos mentais e comportamentais, 25%, e as doenças do sistema osteomuscular, 15%, tendo acometido respectivamente 5,5% e 7,8% da população ativa. Essas duas doenças estão frequentemente relacionadas, sendo comuns manifestações dolorosas nos quadros de depressão e distúrbios psicológicos nos quadros de dor crônica.

 

Saúde e CNJ

 

O relatório da Gersat destaca ainda a Resolução 207/2015 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que institui a Política de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores do Poder Judiciário. A resolução pretende uniformizar o tratamento do tema em todo o País, com o objetivo de definir estratégias de promoção e preservação da saúde física e mental de magistrados e servidores, bem como fomentar a construção e a manutenção de meio ambiente de trabalho seguro e saudável.

 

A política do CNJ trata de assuntos relacionados à área de saúde do Judiciário, como assistência médica, perícia e prevenção de doenças. As diretrizes incluem estrutura e orçamento adequados, diálogo entre tribunais e instituições externas, produção e compartilhamento de informações e ações de educação para a saúde.

 

Assessoria de Comunicação Institucional - Ascom
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