O papel do BDMG para o desenvolvimento de Minas Gerais foi o foco da aula magna transmitida pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), via internet, nesta terça-feira (9/3).
O presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Sérgio Gusmão Suchodolski, foi o expositor da matéria, com a mediação da juíza da 1ª Vara Cível da Comarca de Teófilo Otoni, Juliana Alcova Nogueira.
O 2º vice-presidente, desembargador Tiago Pinto, abriu o evento, que teve a participação do juiz auxiliar da 2ª Vice-Presidência e superintendência da Ejef, Murilo Silvio de Abreu.
A atividade educacional teve como objetivo compartilhar a estratégia e atuação do BDMG, há 59 anos no estado, e as agendas de enfrentamento à pandemia de covid-19, com ênfase na legislação atualizada.
Sérgio Gusmão esclareceu que o BDMG é um banco de desenvolvimento. Opera na gestão de recursos para programas e projetos de interesse econômico e social do estado.
Acrescentou que Minas Gerais tem o 3º maior Produto Interno Bruto (PIB) do país e uma economia diversificada.
"Há cidades que se destacam nas regiões mineiras e concentram 60% desse PIB. São elas: Belo Horizonte, Juiz de Fora, Uberlândia e Pouso Alegre", afirmou.
A economia mineira cresce desde 2011 e predominam os segmentos da indústria, agropecuária e serviços. Em 2020, a pandemia de covid-19 provocou uma retração nessa evolução, de acordo com o presidente do BDMG.
Sérgio Gusmão destaca, porém, que esses segmentos já apresentam números melhores e superam o patamar pré-pandemia, no início de 2021.
O presidente do banco projeta crescimento econômico exponencial de Minas Gerais para os próximos anos, caso o avanço da pandemia seja contido.
Enumerou como atividades econômicas com potencial de crescimento a mineração, a indústria de transformação, o saneamento básico, a construção civil e o comércio.
Estratégia
Do ponto de vista estratégico, Sérgio Gusmão informou que o BDMG atua, no presente momento, na concessão de créditos para os municípios atravessarem o momento de crise.
O BDMG também libera créditos para aumento de leitos em hospitais, compra de testes de covid-19, compra de insumos, entre outros.
Sérgio Gusmão destacou que há “uma fábrica de projetos” que constantemente são apresentados ao banco. "Todos, para aprovação, devem estar alinhados com um desenvolvimento sustentável e que não afete o meio ambiente", disse.
A juíza Juliana Alcova Nogueira elogiou a aula magna. Ressaltou que há uma heterogeneidade no estado e indagou como o BDMG atua especificamente nas regiões mais pobres.
Sérgio Gusmão citou os Vales do Jequitinhonha e Mucuri, além do Norte Minas, como regiões que necessitam de mais investimentos do BDMG. Disse que tem procurado parceiros para investir em mineração de forma sustentável na região, com foco no segmento do lítio.
"É necessário identificar quais outras áreas podem ser foco de investimentos", afirma.
Outra questão apresentada pela magistrada é o uso pelo banco do compliance para acompanhar e supervisionar a estrutura.
O presidente disse que, atualmente, há 700 contratos de serviços em andamento, todos acompanhados por auditorias internas e externas, bem como pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo Banco Central.
O desembargador Moacyr Lobato, membro do Comitê Técnico da Ejef, elogiou a apresentação dos dados e competência com a qual Sérgio Gusmão dirige o BDMG.
Veja a aula magna na íntegra.
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