Sob aplausos, a jovem Ingrid Suellen da Silva Dias, de 24 anos, foi eleita a Miss Prisional 2018, em evento no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, localizado no bairro Horto, em Belo Horizonte. O espaço serviu de palco para receber a final do projeto Miss Prisional 2018. A desembargadora Márcia Milanez, da 6ª Câmara Cível, compôs o corpo de jurados.
A jovem vencedora cumpre pena na própria unidade e sua desenvoltura na passarela foi, sem dúvida, um dos requisitos que a levou até a vitória. A ideia é do evento é possibilitar a ressocialização das detentas após o cumprimento de penas. As seis candidatas que concorriam ao título desfilaram em traje casual e de gala para um público de cerca de 300 pessoas e para os olhares atenciosos do corpo de jurados também composto por profissionais das áreas de moda, cultura, música e teatro.
Em sua quarta edição, o projeto busca incluir diálogos sobre os múltiplos papéis da mulher na sociedade atual, com reflexões sobre empoderamento feminino, autoestima, valorização pessoal, importância da família, entre outros temas, que foram abordados ao longo de todo o ano nas unidades prisionais com público feminino.
Reflexão
Ingrid Suellen Dias disse que o evento é um caminho para que as mulheres que se encontram encarceradas possam refletir sobre suas escolhas. “É muito bom saber que tem alguém que acredita em mim e, independentemente de eu estar aqui, presa, sabe quem eu sou e confia em mim”, disse, emocionada, a vencedora da edição 2018.
O segundo e o terceiro lugar foram, respectivamente, para as representantes do Complexo Penitenciário de Ponte Nova e do Presídio de Eugenópolis. Raíssa Ferreira, de 24 anos, e Aline de Matos Reis, de 31 anos, dividiram com Ingrid a satisfação de receber a premiação. Ao todo, 53 mulheres se candidataram e participaram das seletivas.
Nesta edição do projeto, a presença de uma mulher trans celebrou a diversidade. Thaís Camargo foi eleita a Miss Trans do sistema prisional e mostrou ao público que o respeito às escolhas individuais deve prevalecer. Shaydelman Franciele de Oliveira foi quem representou as detentas gestantes que cumprem pena no sistema prisional.
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