A importância da família e a capacidade do ser humano de se conectar e dar novo significado à própria trajetória são a base que levou à elaboração do livro Adoção – Corações que se abriram para acolher e amar. A publicação foi organizada pela equipe da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), com depoimentos de pessoas que tiveram suas vidas transformadas pela acolhida de vínculos afetivos não biológicos. A obra será lançada em evento ao vivo, transmitido virtualmente, no próximo dia 25, das 16h30 às 17h30.
A data não é aleatória, pois nela se celebra o Dia Nacional da Adoção. A publicação ficará disponível em formato eletrônico. A participação na live de lançamento é aberta a todos os interessados, mas, para a certificação, é preciso inscrever-se previamente. As inscrições se estendem até 21 de maio, caso as 1.500 vagas disponibilizadas não se esgotem antes disso.
Haverá, ainda, um pré-lançamento da obra na live "As crianças invisíveis". A transmissão ao vivo ocorrerá em 6 de maio e contará com a participação de Rodrigo da Cunha Pereira, presidente nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), do juiz Ricardo Rodrigues de Lima, titular da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Juiz de Fora, e de José Roberto Moreira Filho, presidente da Seção de Minas Gerais do IBDFAM.
Escolhas do coração
De acordo com o 2º vice-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e superintendente da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), desembargador Tiago Pinto, o objetivo da obra e do lançamento é apresentar o instituto da adoção sob uma luz favorável, partindo da experiência concreta de filhos e pais, que compartilham relatos comoventes.
Segundo o magistrado, existe, por parte do Judiciário, a preocupação de que a adoção não seja seletiva. É importante, ainda, que os envolvidos compreendam que, além de ser acompanhado de perto do ponto de vista legal, social, psicológico e assistencial, esse ato é tão espontâneo ao ser humano que sempre marcou os relacionamentos em sociedade, desde tempos remotos, e enriqueceu a vida de gerações.
A superintendente adjunta da Ejef, desembargadora Mariangela Meyer, idealizadora e uma das coautoras do livro, destaca que a maioria das objeções à adoção não tem fundamento: “Os desafios surgem na criação de qualquer filho, biológico ou não”. Para a magistrada, orgulhosa mãe de três rapazes e de uma jovem, que entrou na família mais tarde, “como o amor é o sentimento mais profundo, no caso da adoção, ele tem o poder de ‘curar’ as feridas, cicatrizar as mazelas e resgatar as perdas que porventura existiram para aquele que está sendo adotado”.
Para outro autor, o juiz Roberto Apolinário de Castro, “sempre haverá uma luz no fim do túnel e aqueles que exercem a função de magistrados da infância e da juventude jamais poderão perder a esperança de que, ao permitir a colocação de uma criança ou um adolescente em família substituta, seja nacional ou estrangeira, estão realizando um trabalho de excepcional sociabilidade e humanização”.
Conteúdo inédito
A publicação traz 49 histórias diversificadas e surpreendentes, contribuição de magistrados, servidores, advogados e profissionais sem ligação com o universo jurídico, como o casal residente nos Estados Unidos que abriu sua casa e seu coração, ao longo de décadas, para mais de 80 crianças. Em comum, o fato de os autores serem apaixonados pelos filhos que, de certa maneira, escolheram, e, por outro lado, receberam como um dom único e inesperado.
A obra será impressa em pequena tiragem e integrará a Biblioteca Digital do TJMG. Para se inscrever para o lançamento, clique aqui. Veja mais detalhes sobre a programação aqui.
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