Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Edição especial do Conhecendo o Judiciário marca seus 20 anos

Programa já atendeu a cerca de 145 mil alunos


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Adolescentes convidados colocaram em uma caixa, que será aberta daqui a dez anos, suas expectativas em relação ao Judiciário

"O que você espera do Judiciário?” A questão foi colocada a cerca de 40 adolescentes convidados, na manhã desta quinta-feira (28/11), na Sede do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a colocar suas respostas à pergunta dentro de uma cápsula do tempo, que será aberta daqui a dez anos.

Alunos da Escola Municipal Carmelita Carvalho Garcia, os meninos e meninas estavam ali para uma ocasião especial: participar do júri simulado de uma edição histórica do Conhecendo o Judiciário, que marcou os 20 anos do programa, alcançados em 2019.

Com atividades destinadas a estudantes e a grupos de terceira idade, a iniciativa do TJMG busca aproximar o Judiciário da sociedade, desmistificando a imagem de um Poder inacessível, distante e conservador.

Lançado oficialmente em 18 de março de 1999, em duas décadas de atividade o Conhecendo o Judiciário já atendeu a aproximadamente 145 mil alunos dos ensinos fundamental, médio e superior e recebeu mais de 250 escolas em Minas.

Júri simulado

Durante a edição especial, além de receber informações sobre a estrutura do Judiciário, os alunos participaram do júri simulado. Em julgamento, o diretor de uma escola que negligenciou um aluno que sofria bullying – o jovem acabou tentando se suicidar.

O auditório do Pleno foi então ocupado pelos alunos, que assumiram os diferentes papéis previstos em um Tribunal do Júri – juiz, réu, promotor, advogados de defesa, assistentes de acusação, testemunhas, vítima e jurados.

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Julgamento simulado tratou do "caso" do dono de uma escola que ignorou bullying de um aluno

O “réu”, julgado por incitação ao suicídio, foi interpretado pelo aluno Gabriel Aquiles de Araújo, de 14 anos, que avaliou como muito positiva a experiência, apesar do desconforto de estar na posição de acusado.

Atuando como “advogada de defesa”, a aluna Samira Elen, da mesma idade que o réu e o promotor, afirmou ter adorado a experiência, que, avalia, poderá ter um importante impacto no futuro dela. “Gostei de defender, talvez eu seja advogada”, declarou.

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A aluna que atuou como advogada de defesa, Samira Elen, gostou tanto que já pensa em seguir carreira

Outra realidade

Emocionada, uma das professoras que acompanhou os alunos, a monitora Angelina Parreira, que há sete meses trabalha na instituição educacional, declarou que a atividade foi “sensacional”.

“Fiquei orgulhosa dos meninos. Para eles, que vivem na periferia, foi uma oportunidade única de ter contato com uma realidade desconhecida. Estou ouvindo agora alguns deles falando que querem ser advogados ou juízes”, contou. À vontade no papel que desempenhou no júri, o “promotor” Carlos, de 14 anos, disse ter ficado pensativo com a atividade. “Achei que foi uma ótima experiência, mas difícil. A gente precisa conhecer todos os lados de uma história”, afirmou.

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No júri, o "promotor" Carlos faz a acusação do réu, o aluno Gabriel (de moleton). Na vida real, Carlos entende que os dois lados têm que ser conhecidos

A assessora de Programas e Projetos Educacionais da Secretaria Municipal de Educação, Marina Nogueira, que prestigiou a edição, declarou que a pasta pretende estabelecer uma cooperação com o TJMG para que a iniciativa seja sistematizada como ação pedagógica para os alunos da rede municipal.

Atividade transformadora

Os jovens, de 12 a 17 anos, foram recepcionados pela equipe do programa – Flávia Valle, Regina Marinho e Alexandre Garcia – e pelo servidor Gabriel Almeida, coordenador do Centro de Relações Públicas e Cerimonial (Cerp), da Assessoria de Comunicação (Ascom) do TJMG.

Há 13 anos atuando no Conhecendo o Judiciário, Flávia Valle, que coordena a iniciativa, destaca que o programa não é de formação, mas de relacionamento com a sociedade, permitindo aos participantes aprender, na prática, sobre o Judiciário.

“Com os júris simulados, eles têm a oportunidade de se colocar no lugar do magistrado e entendem como é difícil julgar com base nos fatos que lhes são apresentados”, observa a servidora, lembrando que o programa acontece também em comarcas do interior.

Na avaliação da servidora, para os alunos, a atividade pode ser transformadora. “Fazemos os júris simulados de acordo com a idade dos alunos, com o nível de entendimento deles. Quanto mais novos, mais lúdica é a atividade. A experiência desperta em muitos deles o interesse pelo Direito”, diz.

Reportagem especial

O programa Conhecendo o Judiciário é o tema da última edição do Plural TJMG, publicação multimídia, com reportagens afetas ao universo da Justiça, que proporciona uma nova experiência em conteúdo – formato visualmente mais atrativo e interativo, com uso de recursos como gifs, vídeos e infográficos.

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