
Nesta sexta-feira (3/5), é celebrado o Dia do Taquígrafo. No Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), taquigrafia é uma atividade essencial, pois garante rapidez, fidelidade e segurança nas atividades judiciais. A data comemorativa foi escolhida por ser o dia em que foi instituída oficialmente a taquigrafia parlamentar no Brasil, em 3 de maio de 1823, para a realização da primeira Assembleia Constituinte. Desde então, taquígrafos registram todos os diálogos das sessões usando símbolos, baseados em fonemas, para anotações tão rápidas quanto as próprias falas.
Na 2ª Instância do TJMG, 31 servidores taquígrafos judiciários atuam em sessões do Tribunal Pleno e do Órgão Especial, reuniões administrativas, audiências públicas e demais eventos em que são solicitados. Em sessões de julgamentos das câmaras, o trabalho é feito por dez colaboradores, que realizam a indexação do conteúdo no sistema JPe-Themis (processo eletrônico da 2ª instância).
O presidente do TJMG, desembargador José Arthur de Carvalho Pereira Filho, disse que o taquígrafo exerce um trabalho essencial e de muita relevância para o Judiciário estadual. "Os taquígrafos fazem registro fiel do que foi dito, com transcrição detalhada das informações, de maneira ágil e precisa. A habilidade em captar as falas, usando técnicas específicas, é uma das características do trabalho. Neste Dia do Taquígrafo parabenizo a todas e todos que realizam esse serviço tão necessário e distinto", afirmou.

O 1º vice-presidente do TJMG, desembargador Alberto Vilas Boas Vieira de Sousa, ressaltou a importância dos taquígrafos não apenas em trabalhos executados no dia a dia, mas “para garantir a memória daquilo que é decidido e de como é decidido pelo Tribunal, tanto nos processos judiciais como nos administrativos”.
"Os taquígrafos têm uma função extremamente relevante porque capturam toda a fala humana. O trabalho deles é de grande importância porque precisam capturar toda a fala e, posteriormente, elaborar as notas taquigráficas, compondo o texto daquilo que foi dito", disse.

O magistrado ressaltou a qualidade e a credibilidade do trabalho dos taquígrafos judiciários "A taquigrafia captura exatamente aquilo que foi mencionado pela pessoa que toma parte de um determinado processo legislativo, judicial, administrativo. Ao obter exatamente o que foi articulado, serve inclusive para evitar interpretações ambíguas por parte de pessoas que vão fazer análise do caso ou do processo de votação. O produto final do trabalho do taquígrafo tem valor jurídico, é de fé pública, portanto, de grande importância para dar mais segurança ao conteúdo dos julgamentos que preferimos no Tribunal”, afirmou.

A juíza auxiliar da 1ª Vice-Presidência do TJMG, Mônica Silveira Vieira, destacou que os profissionais dominam uma técnica complexa, que permite o registro, com rapidez e fidelidade, de todo o conteúdo daquilo que acompanham.
"Eles desenvolvem habilidades e competências muito específicas e muito profundas de registrar reuniões, conversas, discussões e julgamentos. Essas pessoas reúnem competências e habilidades muito específicas e necessárias, que podem contribuir para o aperfeiçoamento do registro de julgamentos, principalmente os mais complexos, que é algo que a gente precisa muito, tanto no sentido da padronização desses registros, mas também de que sejam mais fidedignos”, disse.
Trabalho taquigráfico

De acordo com a coordenadora da Central de Registros das Sessões de Julgamento Administrativo (Cereg) do TJMG, Vitória Brito Goulart, também responsável pelo departamento de Taquigrafia, o acompanhamento taquigráfico no Tribunal é feito em conjunto com um gravador, e que os servidores se alternam entre as sessões.
"A taquigrafia é uma arte, uma profissão que exige concentração e treino”, afirmou a coordenadora, que atua na área desde 2013.

A servidora Janaína Maia Lopes é taquígrafa judiciária do TJMG há quase 14 anos. Ela disse que o trabalho “é prazeroso” e permite um aprendizado diário.
"A gente vivencia o que está acontecendo e registra tudo de forma fidedigna. Arquivamos e editamos os textos com muito cuidado. É como se participássemos um pouquinho dos julgamentos. Fazemos rodízio, então passamos pelas Câmaras Cíveis, pelas Criminais, participamos do Órgão Especial, de eleições da Direção. É muito gratificante e se aprende muito", afirmou.

Durante o trabalho, os taquígrafos utilizam de diferentes métodos para registros de diálogos. O mais comum foi criado pelo estudante de medicina Oscar Leite Alves, que usou formas geométricas para representar fonemas.
Esse é o método utilizado pela servidora Maria Silvia Ferraz Teixeira, taquígrafa do TJMG desde 2002. "Nós aprendemos sinais gráficos que representam os sons. É um trabalho de muita atenção. Não basta taquigrafar, mas estar atento e lembrar o que aconteceu, já que, em uma sessão de julgamento, existem conversas paralelas e debates. É preciso ter concentração”, disse.
De acordo com a servidora, ao conhecer a taquigrafia, logo ficou interessada: "Sou realizada profissionalmente. Eu amei a taquigrafia desde o primeiro dia."

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