Em comemoração ao Dia de Minas Gerais, a cidade histórica de Mariana tornou-se, nesta quarta-feira (16/7), a capital do estado. A transferência simbólica, que ocorre anualmente, também marca o aniversário do município, o mais antigo de Minas, que completa 329 anos em 2025.
Primeira vila (1711), capital (1712), cidade (1745) e diocese (1745) do estado, Mariana preserva suas raízes do período colonial, com casarões históricos e igrejas barrocas. Em uma das principais praças da cidade, a Praça Minas Gerais, o governo do estado promoveu, ainda nesta quarta, a solenidade de entrega da Medalha do Dia de Minas a 50 personalidades.
A honraria é destinada a personalidades e entidades que se destacaram por sua atuação em prol do desenvolvimento do estado.
Entre outros agraciados, a medalha foi entregue aos seguintes magistrados do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG): o superintendente administrativo adjunto, desembargador Vicente de Oliveira Silva; o superintendente judiciário adjunto, desembargador Habib Felippe Jabour; os desembargadores Cristiano Álvares Valladares do Lago, Júlio Cezar Guttierrez, Sálvio Chaves e Luís Eduardo Pifano; e a juíza diretora do foro da Comarca de Mariana, Fernanda Rodrigues Guimarães Andrade Mascarenhas.
A cerimônia foi conduzida pelo governador do estado, Romeu Zema, que falou sobre sua satisfação em retornar a Mariana: "Esta cidade, nossa primeira capital, que em 2025 completa 329 anos, é um lembrete das nossas origens e da essência da nossa identidade. Mariana representa, com excelência, tudo que Minas Gerais tem de melhor".
O evento contou com a presença do presidente do TJMG, desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior, que, ao falar sobre a importância da cidade histórica, pontuou que a homenagem destinada aos magistrados da Corte mineira "demonstra um respeito muito grande pelo Poder Judiciário".
Também estiveram presentes, pelo TJMG, os desembargadores Caetano Levi e Jayme Silvestre Corrêa Camargo.
Antes da cerimônia de outorga da medalha, foi celebrada uma missa em ação de graças na Igreja Nossa Senhora do Carmo, localizada no Centro da cidade.
História da cidade
A data de 16 de julho é atribuída à chegada de bandeirantes paulistas liderados por Salvador Fernandes Furtado de Mendonça, em 1696. Eles buscavam ouro nas margens do ribeirão Nossa Senhora do Carmo. Mais tarde, nesse local, surgiu um arraial.
Em 1711, o Arraial do Ribeirão do Carmo foi elevado a vila, a primeira de Minas, com o nome de Vila do Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo. Nela se estabeleceu, em 1712, a primeira cidade e futura capital da Capitania de Minas Gerais, que havia se desmembrado da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro em 2 de dezembro de 1720, por ordem do rei Dom João V de Portugal.
Em 1745, a Vila Real do Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo passou a se chamar Mariana, em homenagem à esposa de Dom João V, rainha Maria Ana D’Áustria.
Dia de Minas
O Dia de Minas foi instituído em 16 de julho de 1977, quando, durante sessão comemorativa do 281º aniversário de Mariana, o professor Roque José de Oliveira Camêllo, membro da Casa de Cultura de Mariana – Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes, lançou a ideia de se instituir essa data cívica estadual, recebendo o apoio de acadêmicos, autoridades municipais e da comunidade local.
O projeto foi encaminhado ao governo do estado e à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O governador Francelino Pereira dos Santos sancionou a Lei nº 7.561 em 19 de outubro de 1979, consagrando o 16 de Julho como Dia do Estado de Minas Gerais.
Conforme o art. 256 da Constituição mineira, essa data é considerada cívica de estado, devendo ser comemorada anualmente na cidade de Mariana, com transferência simbólica da capital para esse município.
Diretoria Executiva de Comunicação – Dircom
Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG
(31) 3306-3920
imprensa@tjmg.jus.br
instagram.com/TJMGoficial/
facebook.com/TJMGoficial/
twitter.com/tjmgoficial
flickr.com/tjmg_oficial
tiktok.com/@tjmgoficial
*