Dentro das comemorações do Dia Internacional da Mulher, a superintendente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Comsiv) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargadora Evangelina Castilho Duarte, participou de uma série de eventos e recebeu homenagens como representante do TJMG. Entre eles, na sexta-feira (10/3), ela participou de uma solenidade comemorativa no auditório do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais (CRF-MG). O evento teve realização de palestras e entrega de certificados às convidadas e a farmacêuticas que inspiram outras mulheres com seu trabalho.
A mesa de honra foi composta pela presidente e vice-presidente CRF-MG, Júnia Célia de Medeiros e Márcia Cristina de Oliveira Alfenas; pela desembargadora Evangelina Castilho Duarte; pela integrante da Coordenadoria Amagis Mulheres da Associação dos Magistrados Mineiros e idealizadora do Instituto Viva, juíza Daniela Cunha Pereira; pela presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a deputada estadual Ana Paula Siqueira; pela coordenadora do Grupo Técnico de Trabalho da Mulher Farmacêutica, conselheira federal suplente, Elaine Coelho Baptista; e pela assessora de Políticas de Inclusão, Diversidade e Equidade em Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Alícia Krüger.
A assessora do Ministério da Saúde Alícia Krüger falou sobre “Políticas de Inclusão, Diversidade e Equidade para a Mulher Farmacêutica”. Ela abordou como o estigma e a discriminação impactam pessoas vivendo com HIV/Aids no Brasil; a eliminação da transmissão vertical do HIV, importância do PrEP e PEP (Profilaxia Pré e Pós Exposição ao HIV) e das políticas que já estão sendo adotadas pelo Ministério da Saúde para a promoção da saúde dos brasileiros.
A desembargadora Evangelina Duarte parabenizou o Conselho Regional de Farmácia por suas iniciativas de valorização e respeito à mulher farmacêutica, defendeu a equidade de gêneros e falou das violências enfrentadas diariamente pela mulher brasileira. Ela também reforçou a disposição da Comsiv do TJMG em estabelecer parcerias com diferentes instituições no esforço para reverter tal situação.
A superintendente ressaltou a existência, ainda hoje, de grande disparidade, em relação aos homens, nos cargos de liderança e posições de ascensão ocupadas por mulheres, de forma geral.
Justiça em Rede e Sinal Vermelho
A desembargadora Evangelina Duarte disse ainda que a homenagem recebida é resultado do trabalho da Coordenadoria e das parcerias proporcionadas pelo Justiça em Rede - programa da Comsiv do TJMG contra a violência doméstica e familiar, cujo objetivo é incentivar e apoiar os juízes e juízas a formarem, em suas comarcas, redes compostas por todos os serviços que atendam a mulher em situação de violência, de modo a oferecer às vítimas um atendimento integral. "Com o Conselho de Farmácia, estamos capacitando as farmacêuticas para atendimento às mulheres dentro do projeto Sinal Vermelho. Tudo isso é o Justiça em Rede em funcionamento”, disse.
A ideia central do “Sinal Vermelho” é que a mulher consiga pedir ajuda em farmácias, órgãos públicos e agências bancárias com um sinal vermelho desenhado na palma da mão. As vítimas já podem contar com o apoio de cerca de 15 mil farmácias, prefeituras, órgãos do Judiciário e agências do Banco do Brasil em todo o país. Nesses locais, atendentes, ao verem o sinal, imediatamente acionam as autoridades policiais.
OAB Betim
No Dia Internacional da Mulher (8/3), a desembargadora Evangelina Duarte ministrou a palestra “Mecanismos de Defesa da Mulher Vítima de Violência” para cerca de uma centena de advogados e advogadas da Ordem dos Advogados do Brasil – subseção Betim (OAB Betim). A apresentação incluiu os tipos e formas de violência contra as mulheres, formas de combate, medidas protetivas e números estatísticos.
“Foi um encontro muito interessante e a troca de informações foi muito rica. A recepção foi boa com questionamentos importantes sobre o tema, inclusive sobre a Casa Abrigo, quando detalhamos mais sobre as situações caso a caso”, disse a superintendente da Comsiv.
*Com informações do CRF-MG
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