Na última sexta-feira, 29 de setembro, vários juízes de Minas tiveram a oportunidade de realizar o curso O Poder Judiciário no Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Organizado pela Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o curso aconteceu no auditório da Unidade Raja Gabaglia.
Pela manhã, a psicóloga Santuza Rodrigues apresentou um projeto de apoio às pessoas envolvidas em conflitos de violência doméstica. O 2º sargento Webert Meneses Pereira, coordenador do Serviço de Prevenção à Violência Doméstica do 22º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), apresentou as conquistas e os desafios do serviço. Para finalizar a parte da manhã, a psicóloga Regina de Salles Pimentel, do projeto Dialogar, da Polícia Civil de Minas Gerais, e as psicólogas Rebeca Rohfs Gaetani e Fabiana Leite falaram sobre o trabalho que desenvolvem com homens agressores e sobre o “micromachismo”.
A programação da tarde iniciou-se com a psicóloga Cláudia Natividade, que se valeu da filósofa alemã Hannah Arendt para dizer que a violência, muitas vezes, tem justificação por parte dos agressores, mas não tem legitimidade na nossa sociedade. A subsecretária estadual de políticas para as mulheres, Larissa Amorim Borges, contou sua história de vida: na infância sofria violência de seu pai, assim como sua mãe e irmãs. Larissa falou da rede estadual de enfrentamento à violência doméstica e familiar e disse às juízas e juízes que a atuação de todos é muito importante para a reparação dos danos sofridos pelas mulheres.
O professor da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) Marco Antônio Torres argumentou que a cultura de violência contra a mulher vem da ideia de que a mulher é um ser da natureza, não da razão, e por isso deve ser tutelada por um homem – o que gera permissividade e entendimento de que certos atos violentos não seriam atos de violência.
Para encerrar, a superintendente da Comsiv, desembargadora Kárin Emmerich, mediou uma mesa em que foram apresentados projetos e estudos de caso de violência contra a mulher. Participaram da mesa as juízas Cibele Mourão Barroso, Bárbara Lívio, Aline Damasceno Pereira, Elise Silveira dos Santos, Maria Luiza Santana e Mônica Barbosa dos Santos e o assessor do juiz Marcelo Gonçalves de Paula.
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