Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Coral e orquestra da Coinj realizam 1º Concerto Pop

Espetáculo exibido no aniversário do ECA teve participação do multiartista Carlinhos Brown


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O concerto pop foi exibido no auditório do Anexo I, na Rua Goiás, na capital mineira, e pelo  Canal da Assprom no YouTube (Crédito: Cecília Pederzoli)

A variedade rítmica e poética das composições do multiartista Carlinhos Brown, a delicadeza das vozes de crianças e adolescentes e a beleza do som que emana da harmonia de um conjunto de instrumentos musicais encantaram os expectadores do 1º Concerto Pop da Orquestra Jovem e do Coral Infantojuvenil da Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (Coinj/TJMG). O evento foi exibido nesta quarta-feira (13/7), dia em que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 32 anos.

Resultado de um acordo de cooperação técnica entre o Judiciário mineiro e a Associação Profissionalizante do Menor de Belo Horizonte (Assprom), a apresentação, produzida em vídeo, tendo como convidado especial o artista baiano, foi lançada com transmissão para um público presente no Auditório do Anexo I do TJMG, na Rua Goiás, na capital mineira, tendo sido também transmitida pelo Canal Oficial da Assprom no YouTube, onde a íntegra pode ser conferida.

A produção do vídeo contou com o apoio da Fundação Clóvis Salgado, que cedeu o Grande Teatro do Palácio das Artes para as gravações. A regência dos músicos ficou a cargo dos maestros Lara Tanaka e Alysson Rodrigues. O repertório foi todo composto por canções de Carlinhos Brown, que participou, como convidado especial, de quatro das músicas executadas.

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O presidente José Arthur Filho afirmou que a iniciativa que deu origem ao concerto foi uma ação pedagógica de altíssimo nível (Crédito: Cecília Pederzoli)

Linguagem universal

“Este concerto enaltece uma das maiores riquezas produzidas por nossa gente: a música brasileira, resultado de uma amálgama de referências culturais que deram origem a um manancial infindável de ritmos, a uma poesia diversa e esplendorosa e a artistas que conquistam o mundo com uma linguagem universal”, afirmou o presidente do TJMG, desembargador José Arthur Filho, na solenidade de lançamento.

Ele observou que a parceria que permitiu a realização do concerto tem o condão de estimular ainda mais a participação de crianças e adolescentes nas atividades proporcionadas pela orquestra e pelo coral, ampliando o universo artístico e cultural de seus integrantes e estimulando o desenvolvimento de suas potencialidades, habilidades e talentos.

“É uma ação pedagógica de altíssimo nível, que permitiu tecer impensáveis parcerias artísticas e que foi gestada em meio à pandemia de covid-19, que nos privou de tantas coisas, mas que fez as artes explodirem no formato virtual, quebrando fronteiras e aproximando remotamente pessoas fisicamente distantes”, ressaltou. O presidente do TJMG enalteceu ainda as qualidades artísticas de Carlinhos Brown e sua trajetória no campo dos Direitos Humanos, como ativista social.

“Em comum com os projetos do Coral e da Orquestra do TJMG, Carlinhos Brown sempre usou a música como mola propulsora para a transformação da vida de jovens, tendo sido a própria vida dele metamorfoseada pela arte. Certamente, essa experiência é um divisor de águas na vida desses jovens músicos, abrindo janelas para novos horizontes”, disse o presidente José Arthur Filho.

Prioridade absoluta

A superintendente da Coinj/TJMG, desembargadora Valéria Rodrigues Queiroz, destacou que o lançamento do concerto coincide com o aniversário do ECA. “No dia 13 de julho de 1990, entrou em vigor a Lei 8.069, conhecida como ECA, que é fruto da Constituição Federal de 1988 e estabelece ser dever do Estado, da sociedade e da família garantir a crianças e adolescentes todos os seus direitos básicos, dando prioridade a essas pessoas”, afirmou.

De acordo com a desembargadora, o Estatuto reforçou essa prioridade e o papel do Poder Público – Judiciário, Executivo e Legislativo – em garantir o direito das crianças e dos adolescentes. “Antes, esse público não tinha direito algum. O ECA veio justamente para dar dignidade a essas pessoas, para que tivessem direitos e deveres. Por isso, representou um avanço muito grande”, pontuou.  

“Hoje, é um dia de celebrar uma conquista, mas, sobretudo, de refletirmos sobre o que estamos fazendo para que a prioridade estabelecida no Estatuto seja realmente cumprida. Há inúmeras crianças e adolescentes tendo seus direitos violados diariamente. Não podemos aceitar isso passivamente”, ressaltou.

A desembargadora também disse que a Assprom prepara os jovens trabalhadores não apenas para o mercado de trabalho, mas para “a vida lá fora”, no enfrentamento do mundo. “Muitos querem essa oportunidade e não a têm. Aproveitem bem essa chance e não subestimem a capacidade de vocês”, afirmou, dirigindo-se aos jovens na plateia.

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A desembargadora Valéria Rodrigues Queiroz e Carlos Cateb, presidente da Assprom, entidade que é parceria da Coinj na iniciativa (Crédito: Cecília Pederzoli)

Formação profissionalizante

O presidente da Assprom, Carlos Cateb, dirigiu-se aos jovens trabalhadores da associação, presentes no auditório. “Vocês são a razão e a justificativa da existência da Assprom. Mais de 114 mil de vocês já participaram desse programa e receberam orientação para formação profissionalizante, graças a nossas parcerias com órgãos públicos e empresas privadas” disse.

Carlos Cateb afirmou que, em 1976, o TJMG e a Procuradoria-Geral do Estado se ofereceram para serem os primeiros parceiros da Assprom. “Todos nós, associados, que somos voluntários, temos a satisfação de dizer que, apenas no Tribunal de Justiça de Minas, já passaram cerca de 18 mil adolescentes e a maioria absoluta deles encontrou seu caminho. São inúmeros exemplos. A possibilidade é total, depende da vontade, da perseverança e do esforço de cada um”, disse. 

Ao final da apresentação, as adolescentes Ana Clara Costa, Laísa Lima, Camila Costa e Bianca do Espírito Santo, integrantes da Orquestra Jovem do TJMG e aprendizes na Assprom, estavam entusiasmadas. Elas destacaram o valor do projeto social na trajetória delas e a importância da vivência que tiveram com o artista de renome nacional e internacional. “O projeto é muito importante para o adolescente, e essa foi uma experiência muito bonita”, disse Bianca, que toca violino.

Fazendo coro com a colega, Laísa Lima, que toca viola, afirmou que, de fato, a experiência foi “maravilhosa”. “Foi algo que eu nunca tinha vivido, foi muito bom passar por tudo isso”, disse.

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Ana Paula, Laíssa, Bianca e Camila, integrantes da Orquestra Jovem e trabalhadoras da Assprom (Crédito: Cecília Pederzoli)

Presenças

A solenidade de lançamento do concerto contou ainda com as presenças do desembargador Wagner Wilson, ex-superintendente da Coinj; do advogado-geral do Estado, Sérgio Pessoa; do diretor e secretário-geral do Sindicato das Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas de Minas Ferais, José Ismar da Costa; do chefe de Gabinete da Presidência do TJMG, Adriano da Silva Ribeiro; de integrantes dos projetos do coral e da orquestra e seus familiares; de ex-trabalhadores da Assprom; e de dezenas de adolescentes da Assprom.

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