Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Celeridade dos processos marca um ano de trabalho da 9ª Câmara Criminal Especializada

Unidade apresentou média de 81 dias entre a data de distribuição e de julgamento dos processos


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Desembargadora Kárin Emmerich preside a 9ª Câmara Criminal Especializada (Crédito: Riva Moreira/TJMG)

Mais celeridade no andamento de processos, reflexo de um olhar direcionado para o tema, é um dos resultados da implantação da 9ª Câmara Criminal Especializada em Violência Doméstica, Atos Infracionais do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e Agravos à Execução Penal. Ao completar um ano, o colegiado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) apresenta alta eficiência, apesar da complexidade e grande volume de processos.

"Sabemos que muitos foram os desafios, entre os quais lidar com a matéria e com o volume de trabalho que, sem dúvida, além de surpreender a todos, expôs a complexidade, a gravidade e a dimensão do problema que envolve as matérias tratadas nesta câmara, sobretudo, aquelas relacionadas à violência contra a mulher”, afirma a presidente da 9ª Câmara Criminal, desembargadora Kárin Liliane de Lima Emmerich e Mendonça.

Em 12 meses, o colegiado julgou mais de 21 mil processos - 17.955 em 2022 e 3.122 em 2023 - e ainda possui um acervo de 7.303. Além disso, mais de 34.006 foram distribuídos e redistribuídos para a unidade especializada.

“Na qualidade de julgadores, se por um lado houve espanto, não só com os casos, mas com o volume, temos a convicção de que julgamos com eficiência e eficácia, quando, no caso concreto, conseguimos minimizar os efeitos maléficos dessa espiral de violência, concedendo às vítimas a proteção que buscam ao acionar o Poder Judiciário”, diz a desembargadora Kárin Emmerich.

Tempo abaixo do limite

Mesmo com tamanho volume de processos, a 9ª Câmara Criminal apresentou uma média de 81 dias entre a data de distribuição e a de julgamento, número abaixo dos cem dias determinados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A primeira sessão de julgamento da unidade foi realizada no dia 9 de março de 2022.

Para o 1º vice-presidente do TJMG, desembargador Alberto Vilas Boas, os números comprovam que a iniciativa do TJMG tem sido efetiva. “A especialização é uma realidade e demonstra que o Tribunal mineiro optou por um caminho certo de iniciar um processo progressivo de especialização e avaliar os resultados para que possamos implementar a especialização em outras áreas”.

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Segundo o 1º Vice-Presidente do TJMG, desembargador Alberto Vilas Boas, a especialização tem se mostrado efetiva no Tribunal (Crédito: Juarez Rodrigues/ TJMG)

A nova organização com unidades especializadas no Tribunal mineiro foi aprovada pelo Órgão Especial em sessão ordinária realizada em 10 de novembro de 2021, atendendo a recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para melhorar o aprimoramento da prestação jurisdicional. 

Compete à 9ª Câmara Criminal processar e julgar, de forma exclusiva, as causas, recursos e incidentes, inclusive a ação penal originária e os crimes conexos, ressalvada a competência do Tribunal do Júri, relativos aos atos infracionais previstos no ECA, aos crimes praticados no contexto de violência doméstica e à execução penal definitiva.

Na configuração atual, o TJMG dispõe de 21 câmaras cíveis e nove criminais, das quais cinco têm um escopo delimitado: a 4ª, a 8ª, a 16ª e a 21ª Câmara Cíveis e a 9ª Câmara Criminal.

Integrantes

Compõem a 9ª Câmara Criminal as desembargadoras Kárin Liliane de Lima Emmerich e Mendonça (presidente), Valéria Rodrigues Queiroz, Maria das Graças Rocha Santos e Daniela Villani Bonaccorsi Rodrigues, o desembargador Eduardo Machado Costa e os juízes convocados Haroldo André Toscano de Oliveira e Richardson Xavier Brant.

Na avaliação da desembargadora Kárin Emmerich, "ao longo deste um ano de trabalho, cada um de nós, à frente dos inúmeros casos analisados, pôde aumentar o nível de consciência acerca da extensão dos problemas referentes à violência doméstica, nas mais diversas vertentes".

"Tenho a certeza de que estamos cada vez mais aptos a compreender, de forma mais profunda, as dinâmicas de poder e controle que norteiam os casos de violência doméstica, reconhecendo os sinais de abuso e as nuances que marcam os relacionamentos abusivos, o que nos permite dirigir um olhar mais atento aos casos de violência", afirmou.

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