Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Cejusc de Brumadinho encerra 1ª turma do Projeto "Caminho de Reconstrução"

A iniciativa é voltada a mulheres vítimas de violência doméstica


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As idealizadoras do projeto “Caminho de Reconstrução”: a defensora pública Juliana Martins, a psicóloga Brênia Oliveira e a conciliadora Maria Eduarda Almeida  (Crédito: Divulgação / TJMG)

Foi celebrado, no último dia 23/5, o encerramento da 1ª turma do Projeto "Caminho de Reconstrução". A iniciativa, uma parceria entre o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca de Brumadinho e a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), nasceu com o propósito de acolher, escutar e fortalecer mulheres que enfrentaram ou ainda enfrentam situações de violência doméstica.

Ao longo dos encontros, as participantes tiveram acesso a escuta qualificada, orientação jurídica, rodas de conversa e dinâmicas focadas na autoestima, autoconhecimento e acesso à informação. Uma equipe interdisciplinar composta por profissionais da DPMG, mediadores do Cejusc e especialistas convidados ofereceu suporte contínuo.

O Cejusc de Brumadinho desempenhou um papel fundamental para a realização do projeto, cedendo espaço físico e uma equipe especializada em mediação de conflitos e promoção do diálogo restaurativo, valores essenciais no combate à violência de gênero.

A 1ª edição teve como idealizadoras e facilitadoras a conciliadora e mediadora do Cejusc de Brumadinho Maria Eduarda Almeida; a psicóloga da DPMG Brênia Oliveira; e a defensora pública Juliana Martins.

Brênia Oliveira relatou que o Projeto, iniciado em novembro de 2024, "nasceu do desejo profundo de oferecer um espaço seguro, acolhedor e transformador". Inicialmente focado em vítimas de violência, ele foi reformulado para "abrir as inscrições para todas as mulheres que desejassem se empoderar", tornando-o mais inclusivo. Ela considera a 1ª edição "um divisor de águas", com "resultados que superaram as expectativas. "Um dos maiores ganhos foi justamente o espaço de fala".

Brênia também mencionou planos de "grupos de manutenção" para futuras edições e a necessidade de "mais apoio institucional e recursos" para a expansão do Projeto.

A defensora Juliana Martins descreveu a experiência como "muito inspiradora", ressaltando a "verdadeira troca de ideias e experiências'. "Todas as mulheres tiveram a oportunidade de falar e serem ouvidas, com segurança e sem julgamentos", afirmou. Segundo ela, todas saíram mais fortes e felizes de cada encontro. A defensora reforçou que "a Defensoria Pública está de portas abertas" e agradeceu a parceria do Cejusc.

Maria Eduarda, conciliadora e mediadora do Cejusc de Brumadinho, expressou "gratidão e o sentimento profundo de dever cumprido". Para ela, foram dias de troca, escuta, acolhimento e fortalecimento, nos quais "viu mulheres se reconectando com sua história, resgatando sua força". Ela agradeceu a confiança das participantes e o apoio das instituições, esperando que "essa seja apenas a primeira de muitas jornadas transformadoras".

Josiane Silva, uma das participantes, compartilhou sua experiência: "Depois de anos vivendo em um relacionamento abusivo, encontrei forças para romper o ciclo da dor". Ela procurou ajuda no Tribunal de Justiça e foi acolhida pelo projeto. "Ali começou a minha verdadeira jornada de cura e empoderamento", disse.

Josiane destacou ainda que, no Projeto, encontrou escuta, apoio e conhecimento, que a fizeram "enxergar com clareza o que antes eu normalizei". Fortalecida, iniciou um pequeno negócio de artesanato, que se tornou 'minha terapia, meu refúgio e minha forma de reconstruir a mim mesma". 

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