O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Araguari, no Triângulo Mineiro, realizou, em 14/3, reunião com representantes da rede de educação na comarca (estadual, municipal e particular), bem como com integrantes da rede de apoio da saúde e da ação social local. Segundo o juiz coordenador do Cejusc, Pedro Begatti, o objetivo do encontro foi promover, junto aos parceiros, o alinhamento do Projeto Escola que Restaura - Círculos de Construção de Paz.
O projeto, que tem como base a Justiça Restaurativa Escolar, busca fortalecer a comunidade escolar a partir dos círculos de construção de paz para o tratamento e prevenção a comportamentos desafiadores ou danosos. A estratégia é permitir às partes descobrirem meios de reparar os prejuízos causados pelos conflitos, tornando-se protagonistas da justiça, nutrindo assim relacionamentos saudáveis, reparação e transformação dos conflitos.
O projeto atendeu, em 2022, escolas estaduais e particulares. No total, foram atendidos cerca de 217 alunos e realizados cinco círculos com professores e diretores.
Ainda segundo o juiz Pedro Begatti, o Projeto Escola que Restaura visa não somente a levar para as escolas os círculos de construção de paz. "A iniciativa também conecta toda a rede de educação e apoio para encaminhamentos necessários e acolhimentos relacionados à criança e adolescente. Para que esse encontro e criação do fluxo fossem possíveis, compareceram na reunião todos os responsáveis pelas escolas estaduais, municipais e particulares da comarca, secretaria de educação, secretaria de saúde, CAPS, Creas, Cras, Ceapa, Patrulha Escolar e da Violência Doméstica, Conselho Tutelar, Comissário da Infância, a equipe de psicólogos e assistente social que atua nas escolas estaduais, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, a representante do curso de psicologia Imepac e outros parceiros", disse.
A equipe do projeto, composta pelo magistrado, pelas facilitadoras Mariana Pena e Bruna Paim, pelo promotor e curador da Infância e Juventude, Felipe Gomes, bem como a Delegada Paula Fernanda, da Delegacia da Mulher e infância, considerou a reunião de grande importância. "Foi uma reunião histórica na comarca, uma vez que é de extrema importância da interação de toda a rede de apoio tanto para a realização do projeto como para atendimento da demanda relacionada à Infância e juventude. Durante o encontro, foram tiradas as dúvidas relacionadas aos atos infracionais e atos disciplinares, bem como a obrigação de cada setor, além é claro da apresentação do projeto para as escolas que ainda não conheciam", finalizou o juiz Pedro Begatti.
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