A Associação de Proteção e Assistência aos condenados (Apac) de Itaúna continua dedicada à recuperação e reintegração social dos condenados a penas privativas de liberdade. Prova disso foi a inauguração, em agosto, de mais um ponto de venda da Padaria Ottoboni no prédio da Apac da comarca. O estabelecimento será mantido pelo trabalho de três recuperandos, que aprenderão o ofício de padeiro.
A inauguração do novo ponto de venda permite que mais recuperandos recebam formação profissional especializada. O ofício é ensinado por monitores da Padaria Ottoboni, a qual funciona há mais de cinco anos na região.
Desde seu início, a panificadora, que homenageia Mário Ottoboni, advogado paulista idealizador da metodologia apaquiana, busca auxiliar a reinserção dos condenados e simultaneamente servir a sociedade com produtos de qualidade. Todos os dias são produzidos bolos, biscoitos, pizzas e mais de 1.000 unidades de pães, entre outros itens.
O juiz Paulo Antônio de Carvalho, da 1ª Vara Criminal, do Júri e de Execuções Penais de Itaúna, destacou que o trabalho desenvolvido pela Apac é fundamental tanto para os condenados quanto para a sociedade. “Em relação à população local, a iniciativa representará mais uma forma de interação, diminuindo a distância entre a sociedade e o presídio, e, quanto aos reeducandos, eles terão mais uma via no seu retorno ao seio da comunidade”, argumenta.
O juiz ainda afirmou que os três recuperandos atuando no novo ponto de venda da panificadora terão novas oportunidades quando acabarem de cumprir a pena: “Ao ganharem a liberdade, sairão habilitados a assumir uma nova profissão e um emprego, já que o ofício de padeiro não vai acabar nunca, por não existirem máquinas e tecnologia capazes de substituí-lo. E em Itaúna, sempre há carência desses profissionais”, considera.
No modelo Apac os próprios presos são corresponsáveis pela sua recuperação, e eles mesmos colaboram com a segurança dos presídios. Os condenados frequentam cursos supletivos e profissionais, além de exercerem atividades variadas, como tarefas de padaria, horta, artesanato, entre outras.
O magistrado Paulo de Carvalho ressaltou a eficiência do projeto: “O modelo prisional desenvolvido pela Apac tem vantagens importantes, pois, em primeiro lugar, faz com que a pena privativa de liberdade seja cumprida mesmo, com disciplina e responsabilidade. Em segundo, a metodologia chama a participar do processo a sociedade e a família do recuperando, dividindo com elas a tarefa de transformação do condenado, e por último, usa do tempo da privação de liberdade como uma escola, para operar a mudança do ser humano que delinquiu, devolvendo-o à sociedade para ser útil e feliz e não voltar a cometer outros crimes”.
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