A segunda mesa de debate do 10º Encontro Nacional de Tecnologia e Inovação da Justiça Estadual (Enastic), com o tema "Inovação na Justiça Estadual”, contou com a presença de cinco juízes de diferentes tribunais de Justiça do país, que trocaram informações e experiências sobre os laboratórios de inovação de cada uma das unidades.

A mesa de debate foi formada pelo juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, responsável pela Diretoria Executiva de Informática (Dirfor) e coordenador da Unidade Avançada de Inovação em Laboratório (UAILab) do TJMG, Rodrigo Martins Faria; pelo juiz do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e coordenador do Instituto de Desenvolvimento de Inovações Aplicadas (Ideias) da Escola Judicial de Pernambuco, José Faustino Macedo de Souza Ferreira; pelo juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), Esdras Silva Pinto; pelo juiz auxiliar da Corregedoria e líder de Inovação do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJRO), Johnny Gustavo Clemes e pelo juiz do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), membro do comitê de Inovação e coordenador do Toada Lab (Laboratório de Inovação do TJMA), Ferdinando Marco Gomes Serejo Sousa.
Os debatedores propuseram à plateia que escolhesse algumas palavras sugeridas para responder à pergunta “O que vocês querem ouvir sobre inovação?”. Entre as respostas, foram citados os termos e expressões "eficiência", "segurança", "entrega", "organização", "velocidade", "gestão de documentos" e "preservação digital".
Em seguida, o coordenador do UAILab do TJMG, juiz Rodrigo Martins Faria, apresentou uma provocação e uma reflexão ao público. “Levei muito tempo para encontrar uma resposta adequada sobre o que é inovação. Para mim, inovação é encantar as pessoas e gerar valor às pessoas. Inovar é arrancar o sorriso das pessoas com aquilo que fazemos diariamente. Para isso, precisamos tentar antecipar tendências, escalar as demandas por tecnologia e conseguir reter talentos. Esses são nossos desafios. Se nos antecipamos aos movimentos, conseguimos nos programar de forma mais eficiente”, disse.

“Estamos todos aqui movidos para buscar semelhanças, reduzir nossas diferenças e multiplicar os pontos em comum. Precisamos muito estar em interconexão e casar as regras jurídicas com as de tecnologia da informação para evoluir”, acrescentou o juiz auxiliar do TJRO, Johnny Gustavo Clemes. Para o coordenador do ToadaLab, laboratório de inovação do TJMA, juiz Ferdinando Marco Gomes Serejo Sousa, a palavra em debate foi efetividade. “Como provamos que somos produtivos? Nosso maior desafio é mostrar nossa utilidade e apresentar soluções realmente eficazes”, afirmou.
O juiz José Faustino Macedo de Souza Ferreira, do TJPE, falou sobre as inquietações e maturações dos laboratórios de inovação dos tribunais e sobre o movimento de pensar a Justiça com inovação e provocou ocom o público sobre as perspectivas de como todos se veem dentro de 10 anos.
O juiz Esdras Silva Pinto, do TJRR, discorreu sobre a importância de encontros como o Enastic, que fortalecem amizades e vínculos e que são verdadeiros ambientes de ebulição para se discutir, trazer perspectivas e pensar soluções conjuntas. “Está na hora de o Poder Judiciário tomar a pílula vermelha, como em Matrix, e descobrir a ‘verdadeira’ realidade das coisas”, afirmou o juiz de Roraima, referindo-se ao famoso filme de ficção científica.
Dados e soluções

Após o debate, a especialista em Inteligência de Negócios da empresa J.Ex, Bárbara Bartosiaki, apresentou aos participantes resultados da pesquisa “Perspectivas 2023: apresentação de pesquisa de investimentos em tecnologia na Justiça Estadual e Ecossistema de Justiça”. O levantamento traz informações coletadas em 250 instituições da área jurídica como tribunais estaduais, tribunais federais, ministérios públicos, tribunais militares, defensorias públicas e procuradorias. Entre os principais insights apresentados, os quatro mais relevantes para as instituições pesquisadas foram investimentos em segurança da informação; investimentos em infraestrutura e nuvem; decisões orientadas a dados e ampliação de canais de acesso à Justiça, entre vários outros.
O desembargador do Tribunal de Justiça Estado do Espírito Santo (TJES), Pedro Valls Feu Rosa, ministrou palestra sobre “Transformação Digital do Poder Judiciário do Espírito Santo”, com dados e reflexões sobre a realidade daquele tribunal, mas que refletem a situação de outras instituições do país. “Trouxe aqui dois pontos de vista: o legal e o tecnológico. Ambos possuem muitas características e problemas em comum como o isolamento, as vaidades e a cultura do ‘meu’. Encontramos uma solução ao buscar uma consultoria externa para solucionar nossos gargalos como um planejamento em longo prazo, cronograma rígido, sanções por inexecução. E atingimos objetivos técnicos e políticos com a ida para a nuvem, que nos ajudou a ter um desempenho muito melhor, racionalização de recursos humanos e redução de custos. É preciso mudar”, afirmou.

A programação do 10º Enastic continua nos dias 26 e 27 de abril, no Edifício-Sede do TJMG.
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