O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) realizou, nesta sexta-feira (30/6), por meio da 1ª Vice-Presidência, em parceria com a Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), o 4º Encontro Gerencial da Superintendência Judiciária (Sejud), que abordou o tema “Gestão da Mudança”, uma prévia sobre a implantação do Processo Judicial eletrônico (PJe) no âmbito da Segunda Instância.
Voltado a gerentes, coordenadores de área, escrivães e escreventes da Superintendência Judiciária, o encontro, realizado no auditório do Tribunal Pleno, no Edifício-Sede do TJMG, em Belo Horizonte, visou a capacitar os participantes a reconhecerem os elementos necessários para exercer a liderança de forma adequada, democrática e motivadora, de acordo com o planejamento estratégico do Poder Judiciário nacional, sob a perspectiva sistêmica, estruturada e participativa.
A Mesa de Honra do evento foi composta pelo 1º vice-presidente do TJMG, desembargador Alberto Vilas Boas; pela juíza auxiliar da 1ª Vice-Presidência e integrante do Grupo Operacional do Centro de Inteligência da Justiça de Minas Gerais, Mônica Silveira Vieira; pela assessora-chefe da 1ª vice-presidência do TJMG, Roberta Inácio Maia; pela diretora executiva da Secretaria de Padronização e Acompanhamento da Gestão Judiciária (Sepad), Cátia Lalucia de Rezende; e pela diretora executiva de Suporte à Prestação Jurisdicional (Dirsup), Marina Nazareth de Lima.
Agradecimentos
O 1º vice-presidente do TJMG, desembargador Alberto Vilas Boas, agradeceu aos servidores presentes na ação educacional e destacou a importância da atividade. “É necessário que possamos disponibilizar aos gestores materiais sobre temas relacionados ao gerenciamento em geral, principalmente no nosso Tribunal que é enorme e complexo”, ressaltou.
Segundo ele, a gestão da mudança é tema de grande relevância, uma vez que organizações que não sabem se adaptar às mudanças estão fadadas ao fracasso. “Somos marcados pelas mudanças. Um exemplo foi a pandemia que nos fez modificar nossa forma de trabalhar, até podermos voltar na forma presencial, sempre obedecendo a novas regras”, lembrou o magistrado.
Ele também afirmou que, embora o TJMG não seja uma empresa, mas uma instituição voltada a atender aos interesses da coletividade, deve ter um corpo técnico que saiba lidar com as mudanças sociais e tecnológicas. “Por isso precisamos debater temas como este que abrange a necessidade de desenvolvermos tecnologia de trabalho que nos permita melhor adaptação, sem resistências. Passaremos por uma grande mudança em breve, com a implantação no PJe na segunda instância, o que vai exigir capacitação por parte de magistrados e servidores”, afirmou.
Por fim, o desembargador Alberto Vilas Boas lembrou aos presentes que acaba de completar um ano à frente da 1ª Vice-Presidência do TJMG, data considerada especial por ele. “Quero agradecer a todos os servidores ligados à 1ª Vice-Presidência, pelo empenho, dedicação e cooperação que tiveram. Sem o apoio de vocês este trabalho não seria possível ao final deste primeiro ano de mandato”, completou.
Novas ferramentas
A juíza auxiliar da 1ª Vice-Presidência e integrante do Grupo Operacional do Centro de Inteligência da Justiça de Minas Gerais, Mônica Silveira Vieira, disse que o evento foi planejado especialmente no momento de implantação do PJe na segunda instância, o que obriga a disponibilização de novas ferramentas que vão capacitar as equipes de trabalho a enfrentar as mudanças com menos temor.
“É preciso receber o PJe na segunda instância com mais otimismo, pois a lógica de trabalho será muito alterada, exigindo maior preparo por parte de todos os envolvidos. Existe um grande aumento de processos na segunda instância do TJMG, mas com união e abertura para as mudanças é possível fazer muito, sem elevação de gastos públicos”, frisou a magistrada.
Palestras
A primeira palestra do evento foi ministrada pelo gerente do Centro de Suporte Técnico ao Processo Judicial Eletrônico e Sistemas Correlatados na Segunda Instância (Cesupe), Gilberto Miranda Barbosa Junior. Ele falou sobre o tema “PJe na Segunda Instância: o que vem por ai?”. A coordenadora da Coordenação de Processos Originários e Recursais Cíveis (Coespro), Juliana Aparecida Castro Silveira Fonseca, falou sobre “Gestão de Mudança: alguns aspectos fundamentais”.
A coordenadora de Recrutamento, Seleção e Acompanhamento de Estagiários, Daniela Arantes Corrêa, ministrou palestra sobre “Gestão da mudança na prática: compartilhamento de experiências exitosas”. A juíza auxiliar da 1ª Vice-Presidência e integrante do Grupo Operacional do Centro de Inteligência da Justiça de Minas Gerais, Mônica Silveira Vieira, encerrou o ciclo de palestra, ao discorrer sobre “Resistência à mudança e caminhos possíveis”.
Ao final do evento, que contou com a participação de mais de 100 servidores, a gestora do Centro de Aperfeiçoamento Gerencial de Segunda Instância (Ceagesi), Samara Valamiel Pedroso Andrade, promoveu uma dinâmica de grupo com os participantes. Eles foram divididos em quatro grupos e orientados a pensar em possíveis desafios e resistências à implantação do PJe. Os grupos anotaram as principais observações, que foram repassadas a outro grupo para que fossem debatidas as propostas apresentadas, com o apontamento de possíveis soluções.
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