O diretor do Foro de Belo Horizonte, juiz Christyano Lucas Generoso, recebeu, nesta segunda-feira (20/6), o diretor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG), professor José Celso Cunha Guerra, para a apresentação dos resultados da Cooperação Técnica nº 104/2021, celebrada entre o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e a Fundação Educacional Lucas Machado, mantenedora da instituição de ensino.

No encontro, a coordenadora do curso de Psicologia da FCMMG, Tatiane Bacelar, e os professores João Henrique Santos e Renata Saldanha expuseram informações sobre a execução do acordo. A juíza auxiliar da Presidência do TJMG Marcela Maria Pereira Amaral Novais, que representou na reunião o superintendente administrativo adjunto e presidente eleito para o biênio 2022-2024, desembargador José Arthur Filho, destacou a importância do auxílio especializado proporcionado pela parceria.

Foi detalhada a cooperação entre o curso de Psicologia da FCMMG, o Programa de Atenção Integral ao Paciente Judiciário Portador de Sofrimento Mental (PAI-PJ) e o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), e também foram conhecidos os primeiros dados relativos a casos acompanhados pelos alunos de Psicologia da instituição, que atuam sob a supervisão dos professores em projetos de extensão.

Os professores João Henrique e Renata Saldanha destacaram o avanço contínuo que a interface com o Judiciário tem trazido para o curso e o grande aprendizado para os alunos. Segundo o diretor do foro da capital, juiz Christyano Lucas Generoso, os resultados vão além dos números, ainda pequenos em função do pouco tempo do projeto. Ele comemorou o momento que o Judiciário experimenta, de se abrir para cooperações e parcerias com outras instituições, na busca pela construção de soluções para a pacificação social que demandam conhecimentos além do saber jurídico.

O coordenador do Cejusc de Belo Horizonte, juiz Clayton Rosa de Rezende, afirmou que a parceria está criando um novo paradigma na solução dos conflitos familiares, sobretudo em processos nos quais se fazem visitas supervisionadas às famílias. Ele lembrou que há muito o Judiciário buscava alternativas que contribuíssem mais para a abordagem dessas situações. "A partir da intervenção multidisciplinar com os alunos da FCMMG, supervisionados pelos professores, está sendo possível que as próprias partes construam outras soluções e até que retomem a convivência entre pais e filhos", disse.

A coordenadora de gabinete da Direção do Foro de BH, Vanessa Lidiane Costa, afirmou que, apesar de atuar com o desafio do período pandêmico, a atual gestão da Direção do Foro vai deixar não apenas o legado da virtualização de milhares de processos, que deixaram de tramitar fisicamente e migraram para o meio digital, mas também a grandiosidade da contribuição que o Projeto Convivência trouxe para as famílias atendidas, pois as intervenções não construíram uma solução para um processo, e sim para a vida daquelas pessoas.

O diretor da FCMMG, José Cunha Guerra, agradeceu a confiança do TJMG e comemorou a participação do curso de Psicologia em um projeto tão relevante.