Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

TJMG apoia lançamento de projeto voltado para o povo Tikmu'um-Maxakali

Cerimônia no MPMG lançou livro e exposição


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A coordenadora adjunta do Cejusc Povos e Comunidades Tradicionais do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargadora Shirley Fenzi Bertão, representou o presidente do TJMG, desembargador Luiz Carlos Corrêa Junior, na quinta-feira (15/5), no lançamento do livro bilingue (português/maxakali) com os Planos de Gestão Territorial e Ambiental das Terras Indígenas Tikmu’um-Maxakali (PGTAs).

No evento, realizado na sede do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), também foi inaugurada a exposição "Hãmhitupmã: alegrar a terra", que ficará aberta para visitação do público até 14 de junho, no Hall das Bandeiras da sede do MPMG (Avenida Álvares Cabral, 1.690, Pilotis, Bairro Santo Agostinho, BH).

A cerimônia de lançamento contou com um ritual de cantos dos povos-espíritos yãmiyxop, performada por 70 indígenas representantes dos quatro territórios Maxakali: agentes agroflorestais, viveiristas, pajés, lideranças. Também estiveram, na solenidade, outros 30 indígenas estudantes do Curso de Formação Intercultural de Educadores Indígenas da UFMG.

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A desembargadora Shirley Fenzi Bertão participou do lançamento de livro bilingue e exposição do povo Maxakali (Crédito: Camila Soares / MPMG)

A desembargadora Shirley Fenzi Bertão destacou que o evento se tornou relevante por dar importância à cultura indígena que contribui para a proteção do meio ambiente e para o equilíbrio climático.

“A preservação da cultura e sobrevivência dos povos indígenas, especialmente Maxakali, deve ser sempre incentivada. Esse projeto, lançado hoje (15/5), consiste em educar os indígenas, torná-los agentes agroflorestais que cuidam das mudas e replantem o território. Assim, eles poderão retornar à origem, que era o modo de vida e a cultura deles", disse.

Segundo a coordenadora adjunta do Cejusc Povos e Comunidades Tradicionais, o povo Maxakali preservar sua língua e, por isso, consegue manter a sua atuação, originalmente indígena. "Achei muito interessante a divulgação desse projeto (livro e exposição), que significa a sua continuidade. Então, seria muito importante que todos os entes públicos e os empresários pudessem ajudar na preservação dessa iniciativa, que está sendo um sucesso", registrou.

A magistrada lembrou que o Cejusc Povos e Comunidades Tradicionais apoia projetos que tenham a finalidade de preservação e a defesa dos povos indígenas.

Livro 

Os Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs) foram construídos coletivamente em oficinas de etnomapeamento e gestão ambiental do Projeto Hãmhi, durante 21 meses, nos quatro territórios Tikmu’un-Maxakali, localizados no Vale do Mucuri, em Minas Gerais: Terra Indígena Maxakali (Pradinho e Água Boa); Reserva Indígena Aldeia Verde; Reserva Indígena Cachoeirinha; e Reserva Indígena Aldeia Escola Floresta.

Participaram das oficinas membros das comunidades, agentes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), professores, antropólogo, tradutores Tikmu’un, servidores e promotores de Justiça do MPMG. O livro, que ainda apresenta mapas temáticos de cada território, foi distribuído na solenidade.

Os principais temas abordados e priorizados pelos Tikmu’un nos PGTAs incluem proteção ambiental e territorial; soberania alimentar e roças tradicionais; manejo de sementes; agrofloresta e reflorestamento; prevenção e controle de incêndios; proteção dos recursos hídricos; fortalecimento da língua e cultura Maxakali; infraestrutura. Os PGTAs são considerados cruciais para o planejamento e organização do povo Tikmu’un-Maxakali.

Exposição 

A exposição reúne fotografias, cantos tradicionais dos espíritos yãmiyxop e textos que contextualizam as ações realizadas durante a execução do projeto "Hãmhi Terra Viva".

Também apresenta a cosmovisão Tikmu’un – um povo indígena de língua isolada, pertencente ao tronco Macro-Jê, com uma rica tradição oral e espiritual, marcada pelo canto, pelo corpo coletivo e pela relação contínua com seus encantados, elementos centrais na sua organização social e no cuidado com a natureza.

* Com informações da assessoria de imprensa do MPMG

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