O juiz Leonardo Guimarães Moreira, da comarca de Pedro Leopoldo, ministrou nesta terça-feira (8/11) palestra sobre conscientização a prevenção contra violência contra mulher a 90 trabalhadores da construção civil, em um canteiro de obras no bairro Belvedere, em Belo Horizonte.
As palestras sao promovidas desde 2018 pelo Serviço Social da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Seconci/MG), em parceria com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, por meio da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv).

Para a engenheira de segurança Glaucia Soares de Lima, é muito importante levar esse aprendizado sobre promover a prevenção da violência contra a mulher nos canteiros de obras. “Como nossa equipe de trabalho é formada 80% por homens, eu acho essencial debater esse assunto. Os homens precisam conhecer mais, se inteirar, saber como lidar com isso”, disse.

Palestra
O tema da palestra do juiz Leonardo Guimarães Moreira foi sobre a “Caixa dos Homens” e as diversas formas de como exercer a masculinidade. Essa caixa representa regras de comportamento que os homens costumam seguir para ser aceitos em grupos.
“Meu foco foi mostrar como esse padrão nos engessa para determinados comportamentos, como, por exemplo, ter poder, ter força. Ser fracote, demonstrar sentimentos ou chorar está fora da ‘caixa dos homens’. Acreditar nisso tem feito muito mal para nós, homens, e também para as mulheres, pois elas são as principais vítimas”, disse o juiz.
O magistrado fez dinâmicas com o grupo para que todos interagissem e refletissem sobre esses comportamentos nocivos e trouxe à tona outros pontos a serem observados de forma mais saudável.
Consciência
As palestras na construção civil são oportunas, na avaliação do almoxarife Pedro Henrique Germânio.
“Muita gente acha que isso não compete ao nosso setor, mas esse público precisa mesmo ouvir esse tipo de palestra. É essencial trazer isso para o canteiro de obras para que a gente tenha essa consciência e essa informação venha de uma forma mais clara. E melhor ainda, quando a informação vem de uma pessoa que tem formação e conhecimento sobre a causa. Às vezes, as pessoas tratam isso como algo banal e precisamos ter noção que a violência é crime e dá cadeia”, disse.

Nesta quarta-feira (09/11), a desembargadora Evangelina Castilho, superintendente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Comsiv) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, falará para outro grupo de trabalhadores no bairro Santa Maria.
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