O professor e advogado Cláudio Joel Brito Lóssio proferiu palestra nesta sexta-feira (28/5) sobre o tema “Cyber Defesa Pessoal”, por meio da qual mostrou as principais formas de se defender dos cada vez mais constantes ciberataques, que ocorrem no mundo virtual. A palestra foi promovida pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
A palestra do professor Cláudio Lóssio foi aberta pelo 2º vice-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e superintendente da Ejef, desembargador Tiago Pinto, e também contou com a participação da superintendente adjunta da Ejef, desembargadora Mariangela Meyer, do vice-corregedor de justiça de Minas Gerais, desembargador Edison Feital Leite, e do juiz auxiliar da Presidência do TJMG Delvan Barcelos Júnior, na condição de debatedor.
Também participaram do evento o juiz auxiliar da 2ª Vice-Presidência, Murilo Silvio de Abreu, o diretor de Informática do TJMG, Antônio Rolla, e o juiz corregedor Eduardo de Oliveira Ramiro, que representou o corregedor-geral de Justiça, Agostinho Gomes de Azevedo.
O professor Cláudio Joel Brito Lóssio é advogado especialista em compliance empresarial, direito digital, notarial, registral e penal, mestre e doutorando em Ciências Jurídicas pela Universidade Autônoma de Lisboa, e mestrando em Engenharia de Segurança e Informática pelo Instituto Politécnico de Beja, Portugal.
A palestra foi aberta ao público e mostrou os principais recursos utilizados pelos criminosos do ciberespaço, como também as principais formas de prevenção aos ataques. De acordo com o palestrante, a ciberdefesa pessoal, seja ela dentro de uma empresa ou dentro da própria casa, não é nada que deva envolver conceitos complexos, mas sim atitudes preventivas simples, porém de suma importância.
Os criminosos, de acordo com o professor Cláudio Lóssio, utilizam cada vez mais recursos como e-mails, mensagens de aplicativos, PDFs suspeitos, que podem conter dispositivos que, ao entrar no computador, no tablet ou em um simples celular, roubam senhas e informações dos usuários. “O estrago pode ser muito grande na vida pessoal da vítima, mas também em grandes corporações, sejam elas públicas ou privadas”, alerta o professor.
Ele pede para que os usuários prestem muita atenção para o recebimento de mensagens fora do padrão. “Os criminosos enviam mensagens muitas vezes suspeitas, que não são abertas pela maioria. Porém, as pessoas mais distraídas abrem e, com isso, seus dispositivos são contaminados”, diz. O risco é tão grande que, segundo o professor, 37% dos ataques contra empresas ocorrem pela simples falta de cuidado dos usuários.
“Por isso, não estamos aqui para falar de tecnologia da informação e de técnicas complexas de prevenção. Estamos falando de simples condutas que nos ajudam a prevenir esses ataques indesejados”, acrescenta. Ele ainda diz que no ano passado, em todo o mundo, foi registrado um aumento de 87% nos ciberataques em comparação com o ano de 2019.
Segundo o professor, o problema aumenta na mesma proporção em que novos equipamentos que dependem da internet surgem no mercado, como smart TVs ou até mesmo dispositivos com sensores para limitar o consumo de água em um condomínio. “São portas que estão abertas para o ciberespaço e, portanto, portas que podem ser invadidas”, exemplifica.
Redes wi-fi
Além de evitar a abertura de mensagens ou PDFs suspeitos, o professor Cláudio Lóssio também chama a atenção para as tão cobiçadas redes de wi-fi em bares, restaurantes e shoppings. “São lugares frequentados por muitas pessoas e não têm muita segurança. Portando, as redes de wi-fi que devemos acessar são as da nossa casa e as da empresa em que trabalhamos”, orienta.
O professor também falou sobre a necessidade de não utilizar a mesma senha para acessar todos os programas. “É preciso variar, criando senhas fortes e que não utilizem o que é óbvio, como datas de nascimento, ou datas de casamento, conjugadas com o primeiro nome ou sobrenome. Os criminosos quebram facilmente tais senhas”, diz.
Ele também informa que os principais sistemas, como Windows, Linux e IOS da Apple, possuem dispositivos de segurança muito confiáveis e que devem ser ativados pelo usuário para evitar os ataques. “Também é muito importante a utilização de softwares originais e não softwares piratas”, alerta.
Cláudio Lóssio também é autor dos livros Manual Descomplicado de Direito Digital, Cibernética Jurídica e Proteção de Dados e Compliance Digital.
A íntegra da palestra do professor Cláudio Lóssio pode ser assistida no canal da Escola Judicial na plataforma do YouTube, por meio do endereço https://www.youtube.com/watch?v=XFeD0QjBmvI.
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