Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Palestra da Abrame aborda mediunidade

Expositor foi o juiz mineiro Marcelo Badaró Duarte, aposentado do TJAC


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Magistrado fala na mesa de honra do Tribunal Pleno
Palestrante enfatizou importância da mediunidade para toda a humanidade (Crédito: Divulgação/TJMG)

O juiz Marcelo Badaró Duarte, do Tribunal de Justiça do Acre, apresentou a live “Conversando sobre Mediunidade”, no âmbito de parceria da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas (Abrame) com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O evento, em formato semipresencial, ocorreu no Auditório do Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, na terça-feira (17/5). O conteúdo está disponível no YouTube

O delegado adjunto e membro do conselho consultivo da Abrame, desembargador Estevão Lucchesi, na abertura, salientou a relevância do tema da palestra e disse que a audiência contava com um dos mais qualificados expositores no assunto. Ao apresentar o juiz aposentado Marcelo Badaró, belo-horizontino, afirmou que o engajamento dele com a doutrina data da juventude.

Magistrado fala em evento no Tribunal Pleno
O desembargador Estevão Lucchesi apresentou o juiz Marcelo Badaró (Crédito: Divulgação/TJMG)

“Iniciou sua jornada na mocidade em ‘O Precursor’, na União Espírita Mineira, atuando também no movimento espírita em São João del-Rei. No Acre, onde residiu na maior parte da sua vida e onde exerceu a magistratura, ajudou a fundar três casas espíritas e foi dirigente e presidiu duas instituições espíritas na capital Rio Branco. Conduziu reuniões mediúnicas por muitos anos e atualmente dedica seus esforços à divulgação do evangelho, à luz da doutrina espírita. Trata-se de alguém com total domínio do conteúdo escolhido e com a bagagem necessária para apresentar as pessoas ao tema, principalmente para sua reforma moral”, disse.

Magistrado, de olhos fechados, faz oração
O desembargador Eduardo Brum fez a prece introdutória do encontro (Crédito: Divulgação/TJMG)

O desembargador Eduardo Brum ficou responsável pela prece de abertura e pediu a bênção para os presentes, durante os trabalhos, e para o Poder Judiciário mineiro.

Mediunidade

Segundo o juiz Marcelo Badaró Duarte, ao contrário do que muitos podem pensar, o estudo da mediunidade interessa a toda a humanidade, mesmo àquelas pessoas que não têm a chamada “mediunidade ostensiva”, pela qual alguém manifesta capacidade de comunicar-se com os espíritos, pela voz (psicofonia), pela escrita (psicografia), pela visão (clarividência) ou audição (clariaudição). Em oposição a essa modalidade há a “mediunidade genérica”, comum a todos, em que não existem percepção extraordinárias.

O palestrante afirmou que a mediunidade é inerente à vida, pois o universo é regido pela lei da interdependência, que pressupõe a interação entre o plano físico e o espiritual. “Ninguém está livre dessa dinâmica da vida. É o que nos faz, por exemplo, ter intuições de como agir numa dada situação, mesmo que nenhum fator externo nos direcione para isso. Já me ocorreu dar uma sentença e ficar com um incômodo persistente, que me fez voltar ao tema e ver que eu havia cometido um erro. Felizmente foi possível voltar atrás e corrigir tudo”, pontuou.

De acordo com o magistrado, quem não experimenta esses fenômenos normalmente não se interessa pela mediunidade, mas isso seria um equívoco. “A doutrina espírita investe mais nessas manifestações, pois o estudo delas se reflete na realidade cotidiana de milhões de homens e mulheres, e por isso pode ajudar as demais pessoas”, argumentou, citando o efeito danoso, por vezes ao longo de gerações, de sentimentos como a mágoa e o ressentimento, e a necessidade de perdão e da “bênção do esquecimento”, pela qual deixamos de nos lembrar de vivências traumáticas.

“As mágoas se alojam fortemente em nossa vida, se cristalizam e afetam nossas relações afetivas, familiares, de trabalho e sociais. Quando um caso desse tipo de perturbação se revela numa reunião mediúnica, ele pode beneficiar a quantos tomarem conhecimento dele, pois é uma mostra representativa, visível, de algo que afeta outras pessoas de modo invisível, de um problema amplamente difundido”, afirmou.

Encerramento

A delegada e vice-diretora de eventos da Abrame, juíza Maria Isabel Fleck, frisou ser uma honra e um prazer receber o juiz Marcelo Badaró na Casa da Justiça. “Tivemos essa oportunidade, no espaço de mais alto poder nesta Corte de Justiça, de dialogar com um colega tão amadurecido e experimentado. É alguém de alto desenvolvimento, uma autoridade científica e cultural, mas também moral e um grande divulgador da doutrina espírita”, declarou. A magistrada também citou a pertinência do tema para a atuação jurisdicional, para a vida familiar e para os círculos que frequentamos.

Magistrada em auditório do Tribunal Pleno
A juíza Maria Isabel Fleck falou sobre a necessidade de cada um levar a paz a seu lar e a seu ambiente de trabalho (Crédito: Divulgação/TJMG)

A juíza Maria Isabel Fleck também anunciou as próximas programações da Abrame: a palestra presencial que será realizada em 21/6 e transmitida online, do juiz Joaquim Martins Gamonal, intitulada "A caridade moral"; e a atividade remota ministrada pelo desembargador Dídimo Inocêncio de Paula, a palestra "O homem de bem", que será divulgada oportunamente. 

Abrame

A Abrame é uma associação civil que congrega juízes e desembargadores estaduais, federais, do trabalho e militares, além de ministros de tribunais superiores do Brasil, com o objetivo de operar ativamente no sentido da espiritualização do direito e da justiça.

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