Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Nanuque realiza roda de conversa sobre violência doméstica

Iniciativa integrou atividades da comarca em adesão à 12ª Semana Justiça pela Paz em Casa


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O encontro teve por objetivo debater o tema de violência doméstica, dando voz às mulheres da comunidade, com vistas ao empoderamento feminino

A 2ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da comarca de Nanuque, que detém a competência privativa de violência doméstica, realizou, no último dia 28 de novembro, a 2ª Roda de Conversa, em torno do tema da violência doméstica e familiar contra a mulher. O evento, realizado em adesão à 12ª Semana Justiça pela Paz em Casa, aconteceu no Centro de Integração do Bairro UDR, uma das comunidades mais vulneráveis de Nanuque, e contou com a participação da equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social e Saúde, advogadas da 54ª Subseção, da promotora de justiça, Carolina Cerigatto, e da juíza titular da vara, Aline Gomes dos Santos Silva.

A magistrada explica que a proposta do encontro foi “debater o tema de violência doméstica, dando voz às mulheres da comunidade, com vistas ao empoderamento feminino.” Nesta segunda edição, a assistente social Débora França Galan iniciou as conversações propondo uma dinâmica em que todas as mulheres envolvidas tiveram oportunidade de identificar e classificar os diversos tipos de violência – física, sexual e psicológica.

Ao final das conversas, as mulheres da comunidade com histórico de violência doméstica identificaram-se com as situações hipotéticas tratadas e narraram momentos violentos que vivenciaram com seus companheiros. Segundo a magistrada, ao longo da conversa, as mulheres, além de terem oportunidade de partilhar suas vivências, aprendem a identificar o tipo de violência que sofrem, a refletirem sobre práticas que são consideradas comuns, reconhecendo-as também como uma forma de agressão – como os xingamentos.

“Apesar de o tema proposto possuir carga emocional negativa, o encontro foi marcado por muita descontração, envolvendo a comunidade simples da cidade, ocasião em que as mulheres se sentiram à vontade para exporem suas vivências”, observa a magistrada. O encerramento da roda se deu com um lanche, em um momento de confraternização. Ao final, foram oferecidas também às mulheres orientação sobre os órgãos que devem procurar, em casos de sofrerem agressão.

A 1ª Roda de Conversas em torno da violência doméstica e familiar aconteceu no bairro Nossa Senhora de Fátima, no mês de outubro. “Vamos realizar encontros como esses, a partir de fevereiro do ano que vem, uma vez por mês, em diferentes comunidades de Nanuque. A ideia é de que a iniciativa seja permanente, e não apenas durante campanhas”, explica a juíza.

Histórico do programa

Iniciado em março de 2015, o Justiça pela Paz em Casa conta com três edições de esforços concentrados anuais. As semanas ocorrem em março, marcando o Dia das Mulheres, em agosto, por ocasião do aniversário de sanção da Lei Maria da Penha, e em novembro, quando a ONU estabeleceu o dia 25 como o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher.

O empenho nacional para julgar casos de violência doméstica contra as mulheres foi idealizado pela ministra Cármen Lúcia, quando presidia o CNJ, e hoje faz parte da Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres. O programa também promove ações interdisciplinares organizadas que objetivam dar visibilidade ao assunto e sensibilizar a sociedade para a realidade violenta que as mulheres brasileiras enfrentam.

Confira matéria sobre a solenidade de abertura da 12ª Semana Justiça pela Paz em Casa no Judiciário mineiro aqui.

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